O comprimido automedicado pode resolver o incomodo de imediato, mas há um perigo se a automedicação vira rotina e a pessoa não consegue viver sem os medicamentos com qualquer indisposição.
Publicado pela revista Superinteressante da Editora Abril, o livro “Tarja Preta – Os segredos que os médicos não contam sobre os remédios que você toma” aborda os perigos da automedicação.
• Tylenol:
Podem sobrecarregar o fígado com altas doses por dia causando lesões irreversíveis e até mesmo falência dos órgãos, em alguns casos. A superdosagem pode acontecer pois outros medicamentos também possuem o mesmo principio ativo.
• Neosaldina:
Os efeitos colaterais da dipirona agem na diminuição da quantidade de células do sangue (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas) além do choque anafilático (reação alérgica grave) e diminui a capacidade do corpo liberar endorfina.
• Dorflex
Além dos efeitos colaterais já citados da dipirona, a superdosagem da orfenadrina é tóxica e pode levar a morte. Alguns efeitos em doses altas são: boca seca, alterações nos batimentos cardíacos, tremor, agitação, delírio e coma.
• Aspirina
A quantidade suficiente para causar choque cardiovascular e insuficiência respiratória são 8 comprimidos de Aspirina (altas doses aumentam o risco de excesso de acidez no sangue e a baixa de glicose). Em diabeticos, a automedicação da Aspirina pode causar hipoglicemia. Combinado com outro anti-inflamatório ou álcool, o uso aumenta as chances de úlcera e sangramentos estomacais e intestinais.
• Salompas
Medicamentos aplicados na pele são mais raros pois o organismo absorver o remédio é um pouco mais difícil. No caso das Salompas, o risco exige se o paciente já faz o uso de algum anticoagulante, medicação para diabetes e se é alérgico a algum principio ativo da Aspirina ou se possui sangramentos gastrointestinais ou problema no fígado ou rins.
• Eno
2 envelopes do medicamento “Eno” possuem 1,7g de sódio (quase a recomendação máxima diária do consumo de sódio para cada indivíduo adulto, que é 2 gramas). Este tipo de medicamento pode ser um problema principalmente para quem possui pressão alta ou problemas cardíacos. O uso indiscriminado pode alterar o pH estomacal e, sobrecarregar os rins e pulmões. O excesso de antiácidos pode reduzir a absorção de nutrientes e diminuir as defesas naturais do suco gástrico, aumentando assim os ricos de contaminação de alimentos.
• Omeprazol
O Omeprazol age na diminuição do suco gástrico e seu uso contínuo pode causar efeito-rebote gerando o excesso de produção de gastrina. Assim como os antiácidos, o uso automedicado frequentemente pode aumentar o risco de infecções e dificultar o organismo a absorver nutrientes. O uso pode provocar a diminuição dos níveis de magnésio podendo causar problemas cardíacos.
• Neosoro
O principio ativo nafazolina pode induir a tolerância, efeito-rebote e até dependência psicológica. O uso frequente faz com que o corpo acostume com a medicação e exija uma quantidade maior do produto. O Neosoro pode aumentar a pressão sanguínea e trazer problemas cardíacos além de uma rinite medicamentosa.
• Torsilax
Os anti-inflamatórios de um modo geral podem atacam as mucosas do sistema digestório, causando náuseas, vômito, diarreia, cólicas abdominais, sangramento gastrointestinal e úlceras.
• Amoxil
A automedicação de antibióticos pode levar a proliferação de bactérias resistentes chamadas de superbactérias causando dependências ou até mesmo resistência ao medicamento.
Texto por: Dr. Lucas Penchel e Marcela Fernandes (Nutriçao UFMG)
Referências: “Tarja Preta – Os segredos que os médicos não contam sobre os remédios que você toma” Marcia Kedouk, Editora Abril.
Muito esclarecedor essas informação, espero que continuem a informar nós leigos aos efeitos dessas drogas.