Por que nós humanos somos a única espécie adulta a tomar leite ?
Contrariando a hipótese bem aceita e difundida da medicina convencional, um estudo sueco divulgado nesta terça-feira (28/10) aponta que o alto consumo de leite não REDUZ a ocorrência de fraturas ósseas e pode até aumentar o risco de morte.
A pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Uppsala, na Suécia, e publicada no The British Medical Journal, mostrou que, tanto em homens quanto em mulheres, observados por anos, o índice de mortalidade foi maior entre aqueles que tomavam mais de três copos de leite por dia (uma média de 680 ml) do que entre os que consumiam até um copo.
Além disso, não foi observada a REDUÇÃO do risco de fraturas em nenhum dos participantes, resultado que contraria essa velha e ultrapassada história de que o leite é importante na prevenção da osteoporose.
Outro exemplo é uma avaliação realizada em 2005 com metanálise de 58 estudos mostrando que não há relação alguma entre o consumo de leite, níveis de cálcio e saúde óssea. Então por que será que os países com maior consumo de leite como Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos e Oeste Europeu, são os que possuem a MAIOR incidência de fratura e osteoporose? Ao contrário da China, Japão, Tailândia, países onde os produtos lácteos não fazem parte da dieta, motivo que justificam uma das mais baixas taxas de osteoporose e fraturas do mundo.
De onde podem vim tantos problemas? Vamos aos fatos, atualmente as vacas leiteiras vivem aproximadamente 6 anos (Idade inferior a suas antepassadas) e a produção de leite comparada há 50 anos atrás aumentou mais de 200%, em números, uma vaca que produzia 20 litros hoje em dia produz 60 litros, tudo isso decorrente dos inúmeros processos químicos o qual o animal é submetido.
Além disso o leite sofre contaminações por perclorato (Responsável pelo bloqueio do iodo), também possui pesticidas que agem como disruptores endócrinos, hormônios, metais altamente tóxicos, onde frequentemente tenho percebido em meu consultório a quantidade de indivíduos com concentrações acima da normalidade alumínio, mercúrio, chumbo, tálio, no sangue ou mineralograma, e sem exceção todos relatavam a ingestão de leite de vaca e produtos enlatados.
Leite de vaca natural para um animal ruminante, que nasce andando, com 73% do cérebro formado e se alimenta exclusivamente de capim e ração, a quantidade de sódio do leite de sua progenitora é 5x maior que a do ser humano, curioso lembrar que algumas pessoas não usam cloreto de sódio (sal) para temperar a salada, porém bebem leite todos os dias. Não terminei, a quantidade de fósforo também é 8x maior, e como digo, tudo em excesso faz mal da mesma maneira que na falta, por fim o processo de pasteurização que o leite sofre é feita a uma temperatura superior a 180Cº graus o que ocasiona desnaturação de grande parte de suas proteínas.
Frequentemente menciono aos meus pacientes que, nem tudo que ingerimos, nós absorvemos, e com o leite da VACA não é diferente, o cálcio do leite não pode ser absorvido em quantidade superior a 32%, os 78% restantes são depositados na carótida, coronária, rins.
A tão falada lactose, galactose (produto da quebra da lactose), tipos de açúcar presentes nesta bebida saudável apenas para o bezerro, aumenta o estresse oxidativo em nosso organismo, ocasionando inflamação crônica, fenômeno que aumenta drasticamente a possibilidade de doenças como câncer, exemplo relatado em estudo feito pela melhor Universidade de Medicina do mundo. Mulheres que tomavam dois ou mais copos de leite ao dia, apresentaram um aumento de 66% de probabilidade no desenvolvimento do câncer de ovário (Harvad School Of Public Health) Peck, P. Two Or more glasses of milk may raise ovarian câncer risks, still doctor. WebMD Medical News, May 5, 2000.
Não menos poderia deixar de mencionar mais um estudo da Neuroepidemiology 11(1993):304-12 Malosse, D., Et al que correlacionou pessoas que consomem o leite de vaca apresentaram o dobro de chances de adquirir esclerose múltipla, ELA, alergias, Síndrome do Intestino Irritável, Hipotireoidismo de Hashimoto, será que por isso a incidência destas comorbidades dobraram nas últimas décadas ?
Terminou ? Não ! Estudo feito por Pozzilli publicado no Journal of Endocrinological Investigation 1999, verificou que os países onde haviam o consumo de leite, a incidência de diabetes e câncer de mama era amplamente maior aos que não consumiam, em países como Austrália, Holanda, Estudos Unidos, Dinamarca, Suécia.
Concluo esta matéria com a frase de um médico americano mundialmente conhecido:
Dr. Willet
“Produtos lácteos não deveriam ocupar lugar de destaque na nossa dieta, nem tampouco deveria fazer parte de uma estratégia nacional na prevenção da osteoporose. “