Meditação para acalmar os nervos
Imagine você agora numa sala sozinho. Sem barulho de carros nas ruas, sem conversas, sem nada. Um total silêncio. Apenas você e seu cérebro. Nada mais!
Agora fique aí pelo menos por 40 minutos. Medite. Esqueça tudo à sua volta. Medite. Depois de uma sessão dessa, será possível ficar livre o estresse? Uma Neurocientista da Universidade de Harvard, nos EUA, concluiu por meio de um estudo prático que a meditação não apenas reduz estresse, aqui ela muda o cérebro.
Sara Lazar se surpreendeu com o que descobriu. Segundo ela, a meditação pode, literalmente, mudar cérebro. “Eu e uma amiga estávamos treinando para a maratona de Boston. Tive algumas lesões por esforço e procurei um fisioterapeuta, que me disse para parar de correr e apenas fazer alongamentos. Então comecei a praticar ioga como forma de fisioterapia. Percebi que era muito poderoso, que eu tinha benefícios reais, então fiquei interessada em saber como funcionava. Pensei, talvez, que fosse apenas uma resposta placebo. Mas então fiz uma pesquisa bibliográfica da ciência, e vi evidências de que a meditação havia sido associada à diminuição do estresse, da depressão, ansiedade, dor e insônia, e ao aumento da qualidade de vida”, conta Lazar.
Depois de vivenciar o poder da meditação, a pesquisadora resolveu testar em outras pessoas. As “cobaias” foram pessoas que nunca tinham meditado antes que foram colocadas em um grupo num programa de oito semanas de atenção plena com foco na redução de estresse.
E aí veio a constatação:
Há diferenças no volume do cérebro depois de oito semanas em cinco regiões diferentes dos cérebros dos dois grupos. No grupo que aprendeu meditação, houve um aumento do volume em quatro regiões do cérebro e na amígdala.
A amígdala, a parte do cérebro responsável pelo instinto de ataque ou fuga, e que é importante nos aspectos da ansiedade, medo e estresse em geral. Essa área ficou menor no grupo que participou do programa de oito semanas de atenção plena com foco na redução de estresse.