Experimento com ratos mostrou que a prática da atividade minimiza prejuízos de dieta rica em gordura, embora não diminua o ganho de peso
Um estudo brasileiro revelou que o treinamento de força é capaz de prevenir alterações cardiovasculares e metabólicas induzidas por uma dieta rica em gordura, mas não evita o ganho de peso quando praticado em intensidade moderada. O estudo, realizado com ratos,mostrou que, nos animais sedentários, a dieta hiperlipídica modificou a expressão gênica e tornou-os mais predispostos à hipertensão, enquanto que, no grupo submetido ao treinamento, isso não aconteceu, mesmo a alimentação desbalanceada.
Em experimento anterior, os pesquisadores já haviam precisado os efeitos da dieta hiperlipídica comparando dois grupos de animais sedentários. Um deles, alimentado com a dieta, apresentou aumento sustentado da frequência cardíaca e da pressão arterial média após seis semanas. Segundo os pesquisadores, esse aumento já tornava os ratos tratados com dieta hiperlipídica pré-hipertensos ou mesmo hipertensos. A etapa seguinte do estudo consistiu em aplicar o exercício resistido antes da dieta hiperlipídica e paralelamente à oferta da alimentação rica em gordura.
O treinamento ocorreu três vezes por semana, durante 10 semanas. A avaliação final evidenciou um aumento na massa corporal e no tecido adiposo dos dois grupos que receberam a dieta ao longo do período. Por outro lado, o grupo que permaneceu sedentário apresentou elevação nas taxas de colesterol, glicemia de jejum, frequência cardíaca e pressão arterial média, além de redução no barorreflexo e na sensibilidade à insulina, fatores importantes para o desenvolvimento de diabetes. Aqueles que realizaram o treinamento de força mantiveram as variáveis metabólicas similares à dos animais controle, que receberam a dieta padrão (sedentários e treinados)
Agência Fapesp:
http://agencia.fapesp.br/treinamento_de_forca_minimiza_p…/…/