Após a observação de um grande pico de incidência de suicídio após depois de dois meses do uso do contraceptivo hormonal oral por mulheres, foi colocada em evidência uma associação entre a utilização do produto e a tentativa de suicídio. Todavia, depois de um ano de uso do produto, foi observada uma tendência decrescente. “A diminuição nas estimativas de risco para a tentativa de suicídio após um ano de uso do contraceptivo se deveu provavelmente à interrupção do uso em mulheres que desenvolvem reações de humor adversas com o início da contracepção hormonal”, escreveram os pesquisadores.
Alguns estudos avaliaram tentativas de suicídio e suicídios em usuárias de anticoncepcionais hormonais. Todos eles demonstraram elevados riscos de suicídio. “As tentativas de suicídio e os suicídios devem ser adicionados à lista de possíveis efeitos adversos da contracepção hormonal. É uma boa ideia ter uma consulta de controle com um ginecologista cerca de três meses depois de se iniciar a contracepção hormonal para assegurar a boa adesão ao novo método e avaliar a saúde mental”, orientou doutor Lidegaard.
“Os profissionais de saúde precisam ter em mente o possível desmascaramento ou a causalidade do suicídio nas mulheres que iniciaram anticoncepcional oral”, completou doutor Mandel.
Estamos falando de hormônios, que não devem ser prescritos de forma leviana. As mulheres precisam estar cientes de todas as opções que existem de contracepção. É preciso salientar que esses medicamentos são úteis para outras condições médicas.
Referência: Am J Psychiatry. Publicado on-line em 17 de novembro de 2017
Texto: Nutricionista Stefani Rocha