Existe uma vinculação estatística entre muitas horas de trabalho e risco de acidente vascular cerebral. Trabalhar mais de 55 horas por semana está associado a um risco um terço maior de acidente vascular cerebral em comparação a trabalhar de 35 a 40 horas por semana. Esse é o resultado de uma metanálise internacional que resumiu e analisou 25 estudos sobre este assunto, e que foi apresentada na revista “The Lancet”.
Cientistas liderados por Mika Kivimaeki da University College London (Reino Unido) examinaram os efeitos de horas de trabalho mais longas na frequência de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral.
A metanálise da doença cardíaca coronariana incluiu dados de cerca de 604 mil participantes do estudo, e a metanálise de acidente vascular cerebral foi composta de dados de quase 529 mil mulheres e homens; acompanhamento total foi de 5,1 milhões de pessoas-ano, respectivamente 3,8 milhões de pessoas-ano.
O efeito negativo de muitas horas de trabalho é impressionante – principalmente em termos de risco de AVC. Aqui, os pesquisadores registraram uma associação de resposta à dose: em comparação com pessoas que trabalhavam de 35 a 40 horas por semana, aqueles que trabalhavam entre 41 e 48 horas tinham um risco dez por cento maior de acidente vascular cerebral (estatisticamente não significativo).
No grupo dos que trabalhavam de 49 a 54 horas por semana, o risco de acidente vascular cerebral aumentava em 27 por cento (estatisticamente significativo). Foi encontrado um aumento de um terço em taxas de acidente vascular cerebral entre pessoas que trabalhavam 55 horas e mais por semana (estatisticamente muito significativo).
No grupo que trabalhava por mais horas, foi encontrado um aumento mais modesto de 13 por cento no risco de se desenvolver uma doença cardíaca coronariana. Em comparação com pessoas que trabalham de 35 a 40 horas por semana, a diferença não foi significativa.
1. Virtanen, M, Heikkilä, K, Jokela, M et al. Long working hours and coronary heart disease: a systematic review and meta-analysis. Am J Epidemiol. 2012; 176: 586–596
2. Kang, MY, Park, H, Seo, JC et al. Long working hours and cardiovascular disease: a meta-analysis of epidemiologic studies. J Occup Environ Med. 2012; 54: 532–537
O apoio de um médico parece ser um fator significativo para a perda de peso eficaz, revela um recente estudo norte-americano publicado na revista “Patient Education and Counseling”. Participantes que classificaram o apoio de seu médico como especialmente útil perderam cerca de duas vezes mais peso do que aqueles que não o fizeram.
Para o estudo, pesquisadores da Johns Hopkins University, em Baltimore, Maryland, analisaram informações reunidas no estudo “Practice-based Opportunities for Weight Reduction” (em português, “Oportunidades Baseadas em Prática para a Redução de Peso”), um trabalho de dois anos, randomizado e controlado, e financiado pelo governo federal. Durante o estudo, alguns pacientes obesos trabalharam para perder peso com a ajuda de orientadores de nutrição e saúde (health coach), enquanto seus esforços eram supervisionados por seus médicos de família. No fim do processo, 347 pacientes (63% mulheres) responderam a pesquisas que perguntavam, em parte, sobre suas relações com seu médico de família e se foi útil o envolvimento dele no estudo.
Resultados de uma análise mostraram que, praticamente, todas as 347 pesquisas de pacientes analisadas para o estudo da Johns Hopkins relataram relacionamentos de alta qualidade com os médicos. Esses pacientes, que deram a seus médicos as maiores classificações quanto a “apoio” durante o estudo, perderam uma média de 5 kg; já aqueles que atribuíram a seus médicos as classificações mais baixas no quesito “apoio” perderam somente cerca de 2,3 kg.
O estudo ratifica a evidência de que profissionais são muito importantes nos esforços de perda de peso de seus pacientes. Considerando-se que, hoje em dia, programas de perda de peso são executados comercialmente, associá-los a um acompanhamento multidisciplinar é a melhor maneira de se obter sucesso no tratamento.
Leblanc, E.S., O’Connor, E., Whitlock, E.P., Patnode, C.D., Kapka, T. Effectiveness of primary care-relevant treatments for obesity in adults: a systematic evidence review for the U.S. Preventive Services Task Force. Ann Intern Med. 2011;155:434–447.
Appel, L.J., Clark, J.M., Yeh, H.C., Wang, N.Y., Coughlin, J.W., Daumit, G. et al, Comparative effectiveness of weight-loss interventions in clinical practice. N Engl J Med. 2011;365:1959–1968.
Appel, L.J., Clark, J.M., Yeh, H.C., Wang, N.Y., Coughlin, J.W., Daumit, G. et al, Comparative effectiveness of weight-loss interventions in clinical practice. N Engl J Med. 2011;365:1959–1968.
Tsai, A.G., Wadden, T.A. Treatment of obesity in primary care practice in the United States: a systematic review. J Gen Intern Med. 2009;24:1073–1079.
Proteína no desjejum!
Desejum hiperproteico ajuda na perda de peso
Um desjejum altamente proteico pode reduzir a ingestão calórica e a sensação de fome, diminuindo, assim, o ganho de peso corporal – pelo menos, em adolescentes com sobrepeso, que tendem a pular a primeira refeição da manhã. Esse é o resultado de um estudo norte-americano publicado na revista “International Journal of Obesity”.
Por um período de 12 semanas, pesquisadores da Universidade do Missouri estudaram adolescentes com sobrepeso que relataram não tomar o café da manhã de cinco a sete vezes por semana. Os adolescentes foram divididos em três grupos: um comeu um desjejum com proteína normal, um recebeu um desjejum de alta proteína, e o terceiro grupo continuou a pular essa refeição. O desjejum com proteína normal era composto de cereais, leite e 13 gramas de proteína. O desjejum de alta proteína incluía ovos, carne de porco magra e laticínios, como iogurte, contendo 35 gramas de proteína.
O grupo de jovens que comeu desjejum de alta proteína reduziu a ingestão diária de alimentos em 400 calorias e perdeu massa corporal gordurosa, enquanto os grupos que comeram proteína normal no desjejum, explicou a autora principal, Heather Leidy (FALTA INFORMAÇÃO PARA TERMINAR A FRASE). Esses resultados mostram que, quando indivíduos comem um desjejum de alta proteína, eles, voluntariamente, consomem menos comida no resto do dia. Além disso, os adolescentes que comeram grande quantidade de proteína no desjejum tinham níveis de glicemia sanguínea mais estáveis do que os outros, o que, a longo prazo, leva a um menor risco de diabetes tipo 2 e de doenças cardiovasculares.
Se os jovens conseguirem desenvolver bons hábitos alimentares agora, como fazer o desjejum, é provável que continuem assim pelo resto da vida.
“International Journal of Obesity” (1 June 2015) | doi:10.1038/ijo.2015.101
Verdades sobre a reposição hormonal masculina
Reposição hormonal masculina é um tema considerado repleto de tabus e dúvidas por muitos homens. Abaixo, você pode conferir algumas dicas sobre este assunto complexo para o sexo masculino.
Durante o envelhecimento, ocorre uma diminuição lenta e gradual dos níveis de testosterona. Com isso podem surgir sintomas que podem indicar a necessidade de reposição hormonal em uma parcela dos homens.
Os principais sintomas que podem sugerir a reposição hormonal são: declínio do interesse sexual; dificuldade de ereção; falta de concentração e capacidade intelectual; perda de pelos; ganho de peso à custa de gordura; diminuição de massa e força muscular; irritabilidade e insônia; entre outros. Os sintomas não são específicos e podem ocorrer em outras condições, que não a deficiência de testosterona.
A diminuição de produção hormonal masculina, diferentemente da Menopausa, não determina o fim da fertilidade para o homem, apenas uma diminuição dela.
A Terapia de Reposição Hormonal Masculina deve ser indicada para todos os homens que apresentam os sintomas de queda hormonal e que não apresentem contraindicações para seu uso. Ela pode ser administrada através de gel, adesivos cutâneos ou injeções.
Antes de recorrer à terapia, é necessário que o paciente comprove a queda na taxa de hormônios, através de exames laboratoriais, com acompanhamento médico.
Entre as contra indicações para Terapia Hormonal Masculina está a suspeita ou caso confirmado de câncer de próstata ou de mama masculina. O acompanhamento médico durante o tratamento é primordial para a segurança do paciente.
Estilo de vida saudável, conquistado com uma dieta equilibrada, a prática de exercícios físicos de forma regular, uma boa qualidade do sono, não fumar e não engordar são ótima recomendações que podem retardar ou impedir o aparecimento da deficiência de testosterona e seus sintomas.
Quando bem indicada, e feita com acompanhamento médico, a reposição hormonal traz benefícios aos homens, como melhora da libido, perda de peso, aumento da massa muscular e da densidade óssea.
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
Projeto Verão
Quantas são as vezes que ouvimos ou nos deparamos métodos e terapias para perda súbita de peso ? E quais realmente apresentam eficácia a curto e longo prazo ? Poucas, para não dizer raras !
De acordo com o ministério de saúde, o índice de obesidade no brasil aumentou 54% nos últimos 6 anos, e atualmente cerca de 52% da população acima de 18 anos encontra-se fora do peso ideal, diríamos que mais da metade da população é portadora de sobrepeso, absurdo pensar que mais da metade da população não esta dentro do nível da normalidade. Caso o critério desta avaliação fosse a composição corporal, onde a mensuração da quantidade de gordura no corpo é o fator mais importante, esse valor sem sombra de dúvidas será ainda maior, podendo ultrapassar a casa dos 65% da população nacional.
Vamos ao que interessa, o verão, mas se a obesidade é uma doença crônica, porque as pessoas se preocupam ou levam à sério as dietas apenas nesta época do ano ? O Brasileiro se deixa levar pela estética, quando o maior apelo na rede social é um corpo atraente e bacana, mas poucos sabem que o que mais interessa é a saúde, projetos a curto prazo geralmente não proporcionam resultados a longo prazo, e pior, o efeito sanfona trás mais malefícios do que a manutenção do sobrepeso por vários anos, digo que, as pesquisas indicam que é melhor manter-se fora de forma do que emagrecer, engordar, emagrecer, engordar !
Realmente o prazo até a semana santa ou carnal é curto, e dificilmente vamos convencer você pessoa a pensar diferente de obter um resultado nesses próximos dias, mas podemos minimizar alguns efeitos colaterais ou quebrar alguns mitos e paradigmas para você chegar próximo ao sucesso. Topa ? Então vamos lá !
– Acredite, emagrecemos comendo, portanto reduza o a ingestão total de calorias do dia, porém fracione, esta história de comer de 3 em 3 horas pode não ser regra para todos, algumas pessoas precisam alimentar-se com um intervalo ainda menor do que este;
– Atividades de alta intensidade, auxiliam ainda mais na perda total do peso, certifique-se se está apto para a realização de uma atividade física mais vigorosa;
– Estudos recentes, afirmam que pessoas as que possuem uma boa noite de sono associada a ausência de luminosidade ou som, apresentam uma menor frequência de compulsão alimentar, irritabilidade alteração de humor. Interrupções durante a madrugada, para certificar as horas, ir ao banheiro ou beber água, não fazem parte de uma “ boa noite do sono”. De acordo com estudo da American Journal of nutrition 2011, apenas UMA noite de má qualidade no sono durante todo o mês,aumenta o consumo alimentar em torno de 300kcal dia, imagine em 30 dias no mês ? Serão 9.000kcal !
– É quando dormimos (durante o sono profundo) que ocorre a maior secreção de GH, hormônio responsável dentre outros benefícios, na queima de gordura e ganho de músculos;
– Bobagem pensar que os integrais não engordam, as massas (pão, arroz) sempre serão carboidratos e para quem deseja emagrecimento é fundamental a redução;
– Engana-se quem toma suco sem açúcar e acha que faz bem para a saúde. Lembre que, a fruta possui um açúcar chamado frutose, e ao preparar esta bebida, geralmente utilizamos uma quantidade superior do que fosse ingerida. Por exemplo, ao preparar um suco de laranja, provavelmente utilizamos uma quantidade igual ou maior que 4 laranjas, e esse valor total, proporciona um pico glicêmico devido a grande quantidade de frutose, toda esta diferença, eleva os níveis de um hormônio chamado insulina, o mesmo que em excesso é responsável pelo ganho de gordura abdominal.
Aproveite as férias para iniciar um projeto para toda a vida, procure um profissional da saúde que possa informar, auxiliar e ensinar os passos certos para o sucesso. Lembre-se que : por se tratar de um problema multifatorial, o motivo do excesso de peso deve ser identificada e investigada como um todo, colocando no protocolo de avaliação a investigação dos níveis hormonais, fatores psicológicos, emocionais, mensuração do metabolismo, investigação do hábito alimentar e associação com sono, o uso de medicamentos que podem acelerar o ganho de peso, sedentarismo, predisposição genética e alterações metabólicas.
Lembre-se que, “não vivemos para comer mas comemos para viver”.
1) A libido despenca: os principais hormônios responsáveis pela libido feminina são ocitocina, progesterona, estradiol, DHEA, DHT e, principalmente, a testosterona (o hormônio masculino, sim, existente também em mulheres). Este último é inibido pelo uso da pílula, o que não permite a muitas mulheres sequer saberem como é sua real libido. Mesmo que algumas que utilizam esse método contraceptivo continuem sentindo tesão, é bem provável que este aumente muito sem o uso da pílula.
2) Causa flacidez, celulite, diminuição da massa muscular, aumento de gordura localizada, acarretando mais gastos com cosméticos: com a diminuição do hormônio testosterona, o corpo não consegue desenvolver massa muscular. Fica bastante difícil, mesmo se praticando exercícios físicos. O tônus muscular enfraquece, e as celulites aumentam devido ao inchaço e ao acúmulo de gordura nos tecidos causados pelos hormônios estrogênio e progesterona, presentes em grande quantidade na pílula, que retém líquido.
3) Pode propiciar diversas complicações cardiovasculares: o coração é o órgão que possui mais receptores para a testosterona; depois, vêm o cérebro e os ossos. Assim, quem possui níveis baixos de testosterona é mais suscetível a adquirir doenças cardíacas e problemas no cérebro e nos ossos.
4) Pode ser cancerígena: você sabia que contraceptivos hormonais foram classificados pela Organização Mundial de Saúde como potencialmente carcinogênicos? Isso se deu por conta das doses (muitas vezes cavalares) de hormônios depositadas diariamente na corrente sanguínea. Para você ter uma noção, eles estão enquadrados na mesma classe do tabaco e do amianto.
5) Você está enganando seu corpo: a pílula anticoncepcional é composta por dois hormônios sintéticos – um imita o estrógeno, e o outro, a progesterona, ambos hormônios naturais da mulher, responsáveis por controlar seu ciclo. Os hormônios “falsos” presentes na pílula “enganam” o organismo, fazendo com que a mulher não produza os hormônios naturais e, consequentemente, não ovule. Assim, menstruação que ocorre é “falsa”, pois não há óvulo sendo expelido.
6) Aumenta o risco de trombose: usuárias da pílula contraceptiva têm até quatro vezes mais chances de desenvolver trombose venosa profunda quando comparadas à população em geral. Em mulheres fumantes acima de 35, esse número aumenta drasticamente, passando para cerca de dez vezes em relação às que utilizam o método e não fumam. O problema é provocado pela coagulação do sangue no interior das veias, sobretudo nos membros inferiores. Se um dos coágulos entra na corrente sanguínea e chega ao pulmão, pode acontecer embolia pulmonar, com risco fatal.
7) Desencadeia vários outros problemas: dores de cabeça, alterações bruscas de humor, depressão, enjoos, mal-estar, ansiedade (…). E tudo isso consta na bula. Portanto, por favor, leiam, informem-se e decidam de forma consciente.
http://corpoinconsciencia.com/
O uso de aparelhos eletrônicos pela pessoa antes de dormir pode alterar seu ritmo de sono-vigília
Cientistas dos EUA chegaram a essa conclusão em um estudo publicado na revista “PNAS”. A secreção de melatonina foi significativamente reduzida durante a leitura.
Para o estudo, conduzido pela Universidade de Harvard, em Boston (Massachusetts), foi pedido a 12 adultos jovens que lessem livros impressos e livros digitais antes de dormirem sob condições controladas. Durante cinco noites consecutivas, os participantes leram eBooks e, por mais cinco noites consecutivas, eles leram livros impressos. Em todas as vezes, o período de leitura durou quatro horas, das 18h até as 22h. Em seguida, a luz foi desligada até as 6h, quando os participantes foram acordados. Houve um dia de intervalo entre as duas fases.
O estudo demonstrou que os sujeitos que usaram eReaders levaram, em média, dez minutos a mais para conseguirem dormir. Adicionalmente, suas fases REM foram em torno de 12 minutos mais curtas, e eles se sentiram significativamente mais sonolentos na manhã seguinte. A diferença na secreção de melatonina foi evidente. Entre os participantes que usaram eReaders, a secreção foi 55% menor. Após cinco noites com quatro horas de leitura utilizando-se dispositivos digitais, o relógio circadiano dos participantes foi retardado em uma média de 1,5 hora.
Pesquisas anteriores também indicaram que a luz de ondas curtas (azul) atua como um sinal de alerta em humanos, resultando na supressão do sono e na redução da secreção do hormônio do sono pelo corpo.
Portanto, para a higienização do sono, necessitamos permanecer em ambiente tranquilo, escuro e sem som. Antes de iniciar qualquer medicamento (droga), faça a experiência e comprove!
As estações do ano têm uma influência decisiva na sua saúde
Já faz algum tempo que os médicos sabem que algumas doenças têm maior probabilidade de surgimento nos meses de inverno e são mais graves. Um estudo britânico publicado na revista “Nature Communications” agora explica por que isso ocorre. Uma parte considerável da expressão genética varia de acordo com a estação do ano, impactando o sistema imune, o sangue e, até mesmo, o tecido adiposo.
Uma equipe de pesquisadores sob a liderança da Universidade de Cambridge analisou amostras de sangue e de tecido adiposo de mais de 16 mil pessoas. Os sujeitos do estudo vieram dos hemisférios norte e sul (Reino Unido, EUA, Islândia, Austrália e Gâmbia).
O estudo mostrou que quase um quarto da expressão genética – 5.136 dos 22.822 genes testados – varia conforme o período do ano. Alguns genes são mais ativos no inverno; outros, no verão. Aliados à alteração da expressão genética, também mudam as células imunológicas, a composição do sangue e o tecido adiposo.
Foi impressionante, em especial, a atividade do gene ARNTL, mais ativo no verão do que no inverno. Em estudos com camundongos, o ARNTL teve um efeito anti-inflamatório. Convertendo para os humanos, isso indicaria que os níveis de inflamação são maiores no inverno, o que explicaria por que tantas doenças se tornam um problema maior durante os meses do inverno.
Os cientistas também descobriram que até mesmo a resposta imunológica a vacinas parece variar segundo a estação do ano. Alguns genes fundamentais para a resposta imunológica são mais ativos no inverno, provavelmente devido à resistência contra as bactérias na circulação. Portanto, a vacinação nesse período do ano pode ser benéfica, concluíram os pesquisadores. No Gâmbia, a variação sazonal está relacionada ao período de chuvas entre junho e outubro, quando a ocorrência de doenças contagiosas predomina.
O mecanismo por trás da atividade sazonal ainda não está evidente, disseram os pesquisadores. Contudo, estímulos externos, como a luz do dia ou a temperatura ambiente e, por conseguinte, o ciclo circadiano, podem ser possibilidades óbvias. Para os pesquisadores, tais achados podem não somente mudar o tratamento de diversas doenças, como também o planejamento de estudos científicos.
Diagnóstico errado leva a uso indevido de antibióticos
O uso incorreto de antibióticos não só leva a maus resultados para os pacientes, como também a patógenos resistentes e a custos desnecessários. De acordo com um estudo publicado na revista “Infection Control & Hospital Epidemiology”, diagnósticos errados estão intimamente ligados ao uso indevido de antibióticos.
Cientistas da Universidade de Minnesota (Minneapolis, EUA) analisaram dados de casos de 500 pacientes internados no Minneapolis Veterans Affairs Medical Center para saber se o diagnóstico e o uso de medicamentos estavam corretos. Ficou demonstrado que somente 58% dos pacientes haviam recebido um diagnóstico correto.
De modo geral, mais do que um em cada dois pacientes internados (56%) receberam antibióticos, porém, em quase metade desses casos, o uso era inadequado. Entre esses pacientes com diagnóstico incorreto ou indeterminado, ou em quem um sintoma havia sido identificado, mas não a doença, 95% receberam prescrição de antibióticos inadequados. Entre os pacientes com diagnóstico correto, 38% receberam a prescrição indevida.
De acordo com os pesquisadores, os motivos para o grande número de diagnósticos incorretos e o uso de medicamentos indevidos incluem preferência pelos processos intuitivos no lugar dos analíticos, sobrecarga, fadiga de profissionais da saúde, diagnósticos errados já realizados antes da internação e também a falta de experiência clínica e pessoal com efeitos adversos de medicamentos.
Portanto, programas para aprimorar o uso de medicações antimicrobianas precisam também visar à realização de diagnósticos iniciais exatos e à obtenção de conhecimento sobre quando suspender os antibióticos, alertou o autor principal, Greg Filice.
Cinco dias comendo alimentos gordurosos podem alterar a forma com que seu músculo processa os alimentos
Você pode pensar que consegue obter bons resultados comendo alimentos gordurosos por alguns dias. Mas pense novamente!
Em um artigo publicado recentemente na versão online da revista “Obesity”, pesquisadores da Virginia Tech descobriram que a maneira pela qual o músculo metaboliza nutrientes é alterada em apenas cinco dias de alimentação rica em gordura. Esse é o primeiro estudo a demonstrar que a mudança acontece rapidamente.
Portanto, de acordo com esses estudiosos, nosso corpo não consegue responder, de forma rápida e eficaz, a mudanças na dieta em um prazo mais curto. E, se você parar para pensar, cinco dias é um tempo muito curto. Muitas pessoas ingerem alimentos gordurosos por alguns dias, seja nos feriados, seja nas férias, seja em outras celebrações, acreditando que isso não será prejudicial para a obtenção de bons resultados em termos de calorias no fim do mês. Mas essa pesquisa mostra que esses altos e baixos podem, sim, alterar o metabolismo normal do indivíduo em um período muito curto.
Quando o alimento é ingerido, o nível de glicose no sangue sobe. E o músculo do corpo é uma grande câmara de compensação para essa glicose. No mesmo instante em que pode decompor esse alimento para obter energia, ele também pode armazená-lo como gordura para uso posterior. Hulver e seus colegas descobriram que a capacidade dos músculos para oxidar glicose após uma refeição é interrompida depois de cinco dias de uma dieta rica em gordura, o que pode levar à incapacidade de o organismo responder à insulina, um fator de risco para o desenvolvimento de diabetes e de outras doenças.
Para se realizar o estudo, os alunos da faculdade foram alimentados com uma dieta rica em gordura, que incluiu salsicha, queijos e alimentos carregados com manteiga. Um regime alimentar normal é composto por cerca de 30% de gordura, e, nesse estudo, os alunos tinham uma dieta com aproximadamente 55% de gordura. A ingestão calórica total continuou a mesma de antes da dieta rica em gordura. Então, amostras do músculo foram recolhidas para se verificar como ele metabolizado glicose. Embora o estudo tenha descoberto que a maneira pela qual a glicose é metabolizada foi alterada, os estudantes não ganharam peso ou não apresentaram quaisquer sinais de resistência à insulina.
Journal Reference: 1. Angela S. Anderson, Kimberly R. Haynie, Ryan P. McMillan, Kristin L. Osterberg, Nabil E. Boutagy, Madlyn I. Frisard, Brenda M. Davy, Kevin P. Davy, Matthew W. Hulver. Early skeletal muscle adaptations to short-term high-fat diet in humans before changes in insulin sensitivity. Obesity, 2015; 23 (4): 720 DOI:10.1002/oby.21031