Pesquisadores norte-americanos descobriram um novo hormônio promissor. O “MOTS-c” é ativo principalmente no tecido muscular onde ativa respostas que imitam o efeito do exercício físico. O estudo foi publicado na “Cell Metabolism”.
MOTS-c é o único hormônio codificado no DNA da mitocôndria e não no DNA do núcleo, como os outros hormônios. Portanto, essa descoberta também lança uma nova luz sobre mitocôndrias como reguladores ativos do metabolismo.
Cientistas da University of Southern California (Los Angeles, EUA) testaram o efeito do MOTS-c ao injetá-lo em camundongos alimentados com uma dieta rica em gordura. Normalmente, nos animais, essa dieta levaria a ganho de peso e resistência à insulina. Mas nos animais tratados, esses efeitos não só foram suprimidos como também reverteram a resistência à insulina relacionada à idade, um precursor do diabetes.
Dessa forma, o hormônio poderia apresentar uma nova abordagem para o tratamento de doenças relacionadas à idade, como o diabetes, afirmou Pinchas Cohen, o autor principal.
Embora, até o momento, todos os experimentos tenham sido realizados apenas em camundongos de laboratório, os mecanismos moleculares para o funcionamento do hormônio existem em todos os mamíferos.
Estudos científicos anteriores sugeriram que a proteína alimentar é o macronutriente mais saciador. Isto também foi confirmado por um novo estudo sueco no encontro anual da Associação para o Estudo da Obesidade (Association for the Study of Obesity, ASO) em Londres. Além disso, o estudo mostrou que o efeito saciador pode realmente ser atribuído ao teor proteico e não às alterações nas quantidades de outros macronutrientes.
Nesse estudo, cientistas da Universidade de Lund incluíram 36 adultos saudáveis (média de idade 27 anos) com um IMC médio de 24,3. Os participantes do estudo receberam um café da manhã consistindo de sete bebidas de 600 ml, que não apenas tinham o mesmo teor energético e densidade energética, mas também tinham sabor, cheiro e aparência semelhantes. Mas havia diferença no teor proteico (9, 24 ou 40 por cento) assim como na proporção carboidrato-gordura (0,4, 2 ou 3,6). Todos os participantes consumiram as bebidas em ordem aleatória. Foram coletadas amostras de sangue antes do café da manhã e no momento até o almoço 3,5 horas depois (no qual os participantes foram autorizados a comer até que se sentissem satisfeitos).
Em média, o apetite foi suprimido quanto maior o teor proteico. Após consumir a bebida com 40 por cento de proteína e uma proporção de carboidrato-gordura de 0,4, a concentração da glicemia sanguínea era a mais baixa e a liberação do marcador de saciedade GLP-1 [glucagon-like peptide-1 (peptídeo semelhante ao glucagon-1)] foi mais alta.
O teor proteico do café da manhã não teve efeito no consumo energético durante o almoço. Houve, no entanto, uma tendência mostrando que o teor elevado de proteína levou à redução do consumo de energia mais tarde, mas sem alcançar significância estatística.
Noventa e cinco por cento das paradas cardíacas súbitas são fatais e cinco milhões de pessoas morrem anualmente de parada cardíaca em todo o mundo. Para melhorar a prevenção, cientistas estão buscando sinais que prevejam esse evento. Pesquisadores americanos acabaram de descobrir que o nível de certos hormônios sexuais fornece indicações. O estudo foi publicado na “Heart Rhythm”.
Os dados analisados foram extraídos do Estudo de morte súbita inesperada (Sudden Unexpected Death Study) de Oregon, que incluiu todas as mortes relacionadas a causas cardíacas em Portland e áreas adjacentes ao longo de vários anos. Os pesquisadores no Instituto do Coração Cedars-Sinai em Los Angeles (Califórnia) analisaram os níveis de hormônios no sangue de 149 pacientes com morte cardíaca súbita e os compararam aos níveis de 149 sujeitos do estudo que tiveram doença da artéria coronária, mas não tiveram parada cardíaca súbita.
O estudo mostrou que homens com parada cardíaca súbita tinham níveis mais baixos de testosterona: 4,4 nanogramas por mililitro, comparados a 5,4 nanogramas no grupo controle. Os níveis de estradiol eram mais altos em ambos os sexos que sofreram parada cardíaca súbita: nos homens, 68 picogramas por mililitro, comparados a 52 picogramas; nas mulheres, 54 comparados a 36 picogramas.
Um número cada vez maior de homens de mais idade é tratado com testosterona. Nos últimos anos, houve uma crescente preocupação baseada nos resultados científicos de que isto pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Resultados de um estudo americano publicado na revista “Annals of Pharmacotherapy” querem agora dissipar estas preocupações.
Pesquisadores da Área Médica da Universidade do Texas em Galveston conduziram um estudo de oito anos envolvendo 25.420 homens com mais de 66 anos de idade que foram tratados com testosterona. Durante o período do estudo, seu desenvolvimento médico foi comparado ao do grupo controle, que envolvia participantes da mesma idade, etnia e com os mesmos dados de saúde.
Os resultados mostraram que a testosterona não estava relacionada a um risco elevado de ataque cardíaco. Muito pelo contrário: homens que tinham maior probabilidade de problemas cardiovasculares devido a outros fatores tiveram uma menor taxa de problemas cardíacos.
Mais estudos de grande escala e randomizados são necessários para fornecer mais evidências definitivas nos próximos anos.
As pessoas com baixo peso têm um risco comparável ao dos obesos de morrer, mesmo quando fatores como tabagismo, etilismo e doença pulmonar são considerados, de acordo com um estudo canadense publicado no “Journal of Epidemiology & Community Health”.
Para a meta-análise, pesquisadores da Universidade de Toronto examinaram 51 estudos sobre a ligação entre o IMC e a morte por todas as causas. Eles descobriram que os adultos de baixo peso (IMC igual ou abaixo de 18,5) têm um risco 1,8 vezes maior de morrer do que aqueles com IMC “normal” (18,5 a 24,9). O risco de morrer é 1,2 vezes maior para as pessoas obesas (IMC de 30-34,9) e 1,3 vezes maior para os gravemente obesos (IMC igual ou acima de 35).
O IMC não reflete somente a gordura corporal, mas também a massa muscular. Se quisermos continuar a usar o IMC nas iniciativas de cuidado da saúde e saúde pública, devemos perceber que uma pessoa forte e saudável é aquela que tem uma quantidade razoável de gordura no corpo e também ossos e músculos o suficiente. Se nossa atenção estiver mais nos males do excesso de gordura corporal, então é preciso trocar o IMC por uma medida mais adequada, como a circunferência do abdome, cintura ou avaliação da composição corporal por adipometria ou bioimpedância.
A lição que fica é, os extremos fazem mal, seja muito abaixo ou acima do peso. Mantenha o equilíbrio e seja saudável !!
Pesquisadores americanos descobriram uma nova arma em potencial na luta contra a obesidade. Segundo um estudo apresentado no 97º encontro anual da Sociedade Endócrina em San Diego, Califórnia, um spray nasal sintético do hormônio ocitocina reduziu o consumo de calorias em homens.
Pesquisadores na Escola de Medicina de Harvard, em Boston, incluíram 25 homens saudáveis (idade média de 27 anos) no estudo. Treze deles tinham peso saudável, os outros 12 estavam acima do peso ou eram obesos. Os homens foram atribuídos aleatoriamente à autoadministração de uma dose única de spray nasal de ocitocina ou de placebo após jejum. Uma hora depois, os homens receberam café da manhã, o qual eles escolheram de um cardápio. Em uma visita separada, os homens repetiram o experimento, mas receberam o tratamento oposto.
Em média, os homens consumiram 122 calorias a menos e 9 gramas a menos de gordura na refeição após terem recebido o spray nasal de ocitocina em comparação com o uso do placebo. A ocitocina também aumentou o uso da gordura corporal como combustível para energia. Não houve efeitos colaterais graves.
Como a ocitocina tem efeitos específicos ao sexo, ela deve ser estudada para uma duração prolongada de tratamento, mas de qualquer forma, talvez esta seja uma nova ferramente para o tratamento da compulsão alimentar ou obesidade.
Estudo publicado no “Journal of the American Geriatric Society”, afirma que o aumento da ingestão de refrigerante diet está diretamente ligado a maior obesidade abdominal em adultos.
Para o estudo, pesquisadores da Universidade do Texas admitiram no início 749 americanos de origem mexicana e europeia com idade de 65 anos ou mais. O consumo de refrigerante diet, circunferência da cintura, altura e peso foram medidos em três acompanhamentos de um total de 9,4 anos de pesquisa.
No terceiro acompanhamento e no final havia 375 participantes vivos. Os dados indicam que o aumento da circunferência da cintura entre as pessoas que bebem refrigerante diet, segundo o intervalo de acompanhamento, foi quase o triplo do que entre aquelas não consumidoras: 2,11 cm versus 0,77 cm, respectivamente.
Após ajuste para diversos possíveis fatores de confusão, o intervalo dos aumentos da circunferência da cintura foi de 0,77 cm para não usuários, 1,76 cm para usuários ocasionais e 3,04 cm para usuários diários.
Isso significa um aumento da circunferência da cintura em 2,04 cm para não usuários, 4,67 cm para usuários ocasionais e 8,06 cm para usuários diários em relação a um período de acompanhamento de 9,4 anos no total.
O estudo SALSA mostra que a crescente ingestão de refrigerante diet estava associada ao aumento da obesidade abdominal, o que pode aumentar o risco cardiometabólico em adultos.
Médicos britânicos sugerem que a triagem para distúrbios da tireoide no início da gestação pode ser significativa.
Os pesquisadores realizaram um estudo de revisão sobre a associação entre doenças da tireoide e problemas com fertilidade e abortos e publicaram os resultados na revista “The Obstetrician & Gynaecologist”.
O foco do estudo foram os efeitos de doenças da tireoide sobre a saúde reprodutiva. O hipertireoidismo afeta cerca de 1,5 por cento das mulheres na população geral e cerca de 2,3 por cento das mulheres com problemas de fertilidade.
Os distúrbios da tireoide têm estado associados a problemas de fertilidade. Contudo, não existe a recomendação de uma triagem de rotina para mulheres assintomáticas com problemas em conceber, criticaram os cientistas do Bristol Centre for Reproductive Medicine. Esse tipo de exame deve ser considerado se uma mulher tiver dificuldade de engravidar ou tiver abortos de repetição.
Mas como os hormônios da tireoide também têm um papel importante no desenvolvimento fetal, os pesquisadores vão ainda mais longe e recomendam a triagem geral para disfunção da tireoide no início da gravidez.
Afinal, o hipertireoidismo pode aumentar o risco de parto prematuro, pré-eclâmpsia, retardo do crescimento, insuficiência cardíaca e bebês natimortos. Contudo, com a triagem apropriada e o tratamento imediato, estes riscos podem ser significativamente reduzidos.
The Obstetrician & Gynaecologist
Volume 17, Issue 1, pages 39–45, January 2015
Pelo menos elas demonstram mortalidade mais baixa do que as pessoas que não bebem chá. Os pesquisadores franceses apresentaram os resultados do estudo no Congresso Anual da Sociedade Europeia de Cardiologia (European Society of Cardiology, ESC) em Barcelona (Espanha).
Os cientistas do Hospital George Pompidou em Paris, analisaram dados de 131.000 pessoas com idade entre 18 e 95 anos, que passaram por um controle de saúde. Durante um acompanhamento de 3,5 anos houve 95 mortes cardiovasculares e 632 não cardiovasculares.
Em média, as pessoas que consumiam grandes quantidades de chá tinham pressão arterial mais baixa, assim como IMC e níveis de colesterol mais baixos, fumavam menos, eram fisicamente mais ativas do que aquelas que não consumiam chá, além de ter um risco reduzido de desenvolver problemas cardíacos, disseram os pesquisadores.
Entretanto, o consumo de chá não influenciou o risco de mortalidade cardiovascular. Mas, de modo geral, a mortalidade era 24% mais baixa, explicou o autor do estudo, Nicholas Danchin.
Presume-se que, em geral, elas têm estilo de vida mais saudável e além disso, o chá contém inúmeros antioxidantes.
Os pesquisadores não encontraram nenhuma associação entre a mortalidade cardíaca ou geral e o consumo de café. As pessoas que bebiam mais de quatro xícaras de café por dia tinham pressão arterial mais elevada e fumavam mais.
Elas tendiam a apresentar mortalidade cardiovascular mais elevada, mas insignificante estatisticamente. Entretanto, isto foi devido a uma parcela maior de fumantes, disseram os cientistas.
Uma pesquisa feita pela organização inglesa Slimming World, com 2.042 pessoas, mostrou como o consumo de álcool pode estimular o apetite e nos fazer querer comer mais alimentos gordurosos. Segundo o estudo, uma noite de bebedeira regada a cinco latas de cerveja ou três copos grandes de vinho, por exemplo, são suficientes para levar ao efeito rebote no dia seguinte. Ou seja, toda essa gula continua pela manhã e pode render quase 1kg a mais na balança.
Na pesquisa, metade dos entrevistados afirmou que a bebida alcoólica tinha um impacto direto na escolha alimentar e que haviam deixado de lado os seus exercícios físicos. No estudo, o consumo de 6.300 calorias nas 24 horas após a bebedeira foi dividido. À noite, com comida, os pesquisados consumiram, em média, 2.829 calorias extras e mais 1.476 calorias em bebidas. Na manhã do dia seguinte, mais alimentos gordurosos aparecem no cardápio, e outras 2.051 calorias consumidas.
A ingestão extra de 8.000kcal pode levar ao ganho de 1kg em um único fim de semana quando as pessoas deixam à dieta de lado