Frutas e vegetais com alto teor de pesticida podem influenciar a qualidade do sêmen. Este é o resultado de um estudo realizado por cientistas americanos e publicado na revista “Human Reproduction”. Não apenas leva a uma contagem menor de esperma, mas também reduz a quantidade de esperma que normalmente se forma.
Pesquisadores da Universidade de Harvard em Boston (Massachusetts) analisaram 338 amostras de esperma de 155 homens que frequentaram um centro de fertilidade entre 2007 e 2012. Também foi avaliado o consumo de frutas e vegetais, e o conteúdo de pesticida nesses alimentos foi classificado com base em dados nacionais.
O modo como o alimento foi preparado (lavado, descascado, etc.) também foi levado em conta. O estudo mostrou que homens que comiam frutas e vegetais com grande quantidade de resíduos de pesticida tinham esperma de menor qualidade. Sujeitos de pesquisa com o consumo mais alto (pelo menos 1,5 porções por dia) tinham uma contagem de esperma 49 por cento mais baixa em relação aos participantes com menor consumo (menos de meia porção por dia). Além disso, somente 5,1 por cento desse esperma estava formado normalmente (menor ingestão de frutas e vegetais: 7,5 por cento).
Porém, de acordo com os pesquisadores, a quantidade total de frutas e vegetais consumidos não causou impacto na qualidade do sêmen. Mas isso não quer dizer que a ingestão de frutas e vegetais deva ser reduzida, destacou o autor do estudo, Jorge Chavarro. Em vez disso, recomenda-se a pesquisa de estratégias que procurem reduzir a quantidade de pesticida.
Os pesquisadores também enfatizaram que os resultados têm uma série de limitações. Visto que o estudo somente incluiu homens que frequentavam um centro de fertilidade, os problemas com o sêmen foram super-representados. Além do mais, o consumo de frutas e vegetais foi pesquisado somente uma vez. Mudanças nos hábitos alimentares não foram levadas em consideração.
Human reproduction November 2014 (OXFORD JOURNALS)
Estudos científicos anteriores sugeriram que a proteína alimentar é o macronutriente mais saciador. Isto também foi confirmado por um novo estudo sueco no encontro anual da Associação para o Estudo da Obesidade (Association for the Study of Obesity, ASO) em Londres. Além disso, o estudo mostrou que o efeito saciador pode realmente ser atribuído ao teor proteico e não às alterações nas quantidades de outros macronutrientes.
Nesse estudo, cientistas da Universidade de Lund incluíram 36 adultos saudáveis (média de idade 27 anos) com um IMC médio de 24,3. Os participantes do estudo receberam um café da manhã consistindo de sete bebidas de 600 ml, que não apenas tinham o mesmo teor energético e densidade energética, mas também tinham sabor, cheiro e aparência semelhantes. Mas havia diferença no teor proteico (9, 24 ou 40 por cento) assim como na proporção carboidrato-gordura (0,4, 2 ou 3,6).
Todos os participantes consumiram as bebidas em ordem aleatória. Foram coletadas amostras de sangue antes do café da manhã e no momento até o almoço 3,5 horas depois (no qual os participantes foram autorizados a comer até que se sentissem satisfeitos).
Em média, o apetite foi suprimido quanto maior o teor proteico. Após consumir a bebida com 40 por cento de proteína e uma proporção de carboidrato-gordura de 0,4, a concentração da glicemia sanguínea era a mais baixa e a liberação do marcador de saciedade GLP-1 [glucagon-like peptide-1 (peptídeo semelhante ao glucagon-1)] foi mais alta.
O teor proteico do café da manhã não teve efeito no consumo energético durante o almoço. Houve, no entanto, uma tendência mostrando que o teor elevado de proteína levou à redução do consumo de energia mais tarde, mas sem alcançar significância estatística
Nos países desenvolvidos e emergentes, a mudança quanto à compra de alimentos nos supermercados muda os hábitos alimentares das pessoas e pode levar ao aumento de peso nos adultos. Este é o resultado de um estudo realizado por pesquisadores alemães publicado na revista “Public Health Nutrition”.
Cientistas da Universidade de Goettingen analisaram dados de 450 famílias de diversas cidades no Quênia, com e sem supermercado. Além de coletar informações detalhadas sobre o comportamento dos consumidores, os pesquisadores também mediram a altura e o peso das pessoas de cada família.
O estudo confirmou que a compra de alimentos em supermercados contribui para alterações nos hábitos alimentares. As pessoas que fazem compras em supermercados comem mais alimentos processados e têm maior ingestão de calorias; têm uma probabilidade 13 por cento maior de sobrepeso ou obesidade do que as pessoas que compram seus alimentos em pontos de venda tradicionais.
Uma outra dica é evitar realizar a sua feira quando estiver com fome , isso se deve ao fato do consumo e compra de produtor hipercalóricos ser infinitamente superior nos momentos em que a pessoa se encontra na privação de comida. Nesses momentos a tendência é comprar mais e do pior!
Pesquisadores norte-americanos descobriram um novo hormônio promissor. O “MOTS-c” é ativo principalmente no tecido muscular onde ativa respostas que imitam o efeito do exercício físico. O estudo foi publicado na “Cell Metabolism”.
MOTS-c é o único hormônio codificado no DNA da mitocôndria e não no DNA do núcleo, como os outros hormônios. Portanto, essa descoberta também lança uma nova luz sobre mitocôndrias como reguladores ativos do metabolismo.
Cientistas da University of Southern California (Los Angeles, EUA) testaram o efeito do MOTS-c ao injetá-lo em camundongos alimentados com uma dieta rica em gordura. Normalmente, nos animais, essa dieta levaria a ganho de peso e resistência à insulina. Mas nos animais tratados, esses efeitos não só foram suprimidos como também reverteram a resistência à insulina relacionada à idade, um precursor do diabetes.
Dessa forma, o hormônio poderia apresentar uma nova abordagem para o tratamento de doenças relacionadas à idade, como o diabetes, afirmou Pinchas Cohen, o autor principal.
Embora, até o momento, todos os experimentos tenham sido realizados apenas em camundongos de laboratório, os mecanismos moleculares para o funcionamento do hormônio existem em todos os mamíferos.
Estudos científicos anteriores sugeriram que a proteína alimentar é o macronutriente mais saciador. Isto também foi confirmado por um novo estudo sueco no encontro anual da Associação para o Estudo da Obesidade (Association for the Study of Obesity, ASO) em Londres. Além disso, o estudo mostrou que o efeito saciador pode realmente ser atribuído ao teor proteico e não às alterações nas quantidades de outros macronutrientes.
Nesse estudo, cientistas da Universidade de Lund incluíram 36 adultos saudáveis (média de idade 27 anos) com um IMC médio de 24,3. Os participantes do estudo receberam um café da manhã consistindo de sete bebidas de 600 ml, que não apenas tinham o mesmo teor energético e densidade energética, mas também tinham sabor, cheiro e aparência semelhantes. Mas havia diferença no teor proteico (9, 24 ou 40 por cento) assim como na proporção carboidrato-gordura (0,4, 2 ou 3,6). Todos os participantes consumiram as bebidas em ordem aleatória. Foram coletadas amostras de sangue antes do café da manhã e no momento até o almoço 3,5 horas depois (no qual os participantes foram autorizados a comer até que se sentissem satisfeitos).
Em média, o apetite foi suprimido quanto maior o teor proteico. Após consumir a bebida com 40 por cento de proteína e uma proporção de carboidrato-gordura de 0,4, a concentração da glicemia sanguínea era a mais baixa e a liberação do marcador de saciedade GLP-1 [glucagon-like peptide-1 (peptídeo semelhante ao glucagon-1)] foi mais alta.
O teor proteico do café da manhã não teve efeito no consumo energético durante o almoço. Houve, no entanto, uma tendência mostrando que o teor elevado de proteína levou à redução do consumo de energia mais tarde, mas sem alcançar significância estatística.
Noventa e cinco por cento das paradas cardíacas súbitas são fatais e cinco milhões de pessoas morrem anualmente de parada cardíaca em todo o mundo. Para melhorar a prevenção, cientistas estão buscando sinais que prevejam esse evento. Pesquisadores americanos acabaram de descobrir que o nível de certos hormônios sexuais fornece indicações. O estudo foi publicado na “Heart Rhythm”.
Os dados analisados foram extraídos do Estudo de morte súbita inesperada (Sudden Unexpected Death Study) de Oregon, que incluiu todas as mortes relacionadas a causas cardíacas em Portland e áreas adjacentes ao longo de vários anos. Os pesquisadores no Instituto do Coração Cedars-Sinai em Los Angeles (Califórnia) analisaram os níveis de hormônios no sangue de 149 pacientes com morte cardíaca súbita e os compararam aos níveis de 149 sujeitos do estudo que tiveram doença da artéria coronária, mas não tiveram parada cardíaca súbita.
O estudo mostrou que homens com parada cardíaca súbita tinham níveis mais baixos de testosterona: 4,4 nanogramas por mililitro, comparados a 5,4 nanogramas no grupo controle. Os níveis de estradiol eram mais altos em ambos os sexos que sofreram parada cardíaca súbita: nos homens, 68 picogramas por mililitro, comparados a 52 picogramas; nas mulheres, 54 comparados a 36 picogramas.
Um número cada vez maior de homens de mais idade é tratado com testosterona. Nos últimos anos, houve uma crescente preocupação baseada nos resultados científicos de que isto pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Resultados de um estudo americano publicado na revista “Annals of Pharmacotherapy” querem agora dissipar estas preocupações.
Pesquisadores da Área Médica da Universidade do Texas em Galveston conduziram um estudo de oito anos envolvendo 25.420 homens com mais de 66 anos de idade que foram tratados com testosterona. Durante o período do estudo, seu desenvolvimento médico foi comparado ao do grupo controle, que envolvia participantes da mesma idade, etnia e com os mesmos dados de saúde.
Os resultados mostraram que a testosterona não estava relacionada a um risco elevado de ataque cardíaco. Muito pelo contrário: homens que tinham maior probabilidade de problemas cardiovasculares devido a outros fatores tiveram uma menor taxa de problemas cardíacos.
Mais estudos de grande escala e randomizados são necessários para fornecer mais evidências definitivas nos próximos anos.
As pessoas com baixo peso têm um risco comparável ao dos obesos de morrer, mesmo quando fatores como tabagismo, etilismo e doença pulmonar são considerados, de acordo com um estudo canadense publicado no “Journal of Epidemiology & Community Health”.
Para a meta-análise, pesquisadores da Universidade de Toronto examinaram 51 estudos sobre a ligação entre o IMC e a morte por todas as causas. Eles descobriram que os adultos de baixo peso (IMC igual ou abaixo de 18,5) têm um risco 1,8 vezes maior de morrer do que aqueles com IMC “normal” (18,5 a 24,9). O risco de morrer é 1,2 vezes maior para as pessoas obesas (IMC de 30-34,9) e 1,3 vezes maior para os gravemente obesos (IMC igual ou acima de 35).
O IMC não reflete somente a gordura corporal, mas também a massa muscular. Se quisermos continuar a usar o IMC nas iniciativas de cuidado da saúde e saúde pública, devemos perceber que uma pessoa forte e saudável é aquela que tem uma quantidade razoável de gordura no corpo e também ossos e músculos o suficiente. Se nossa atenção estiver mais nos males do excesso de gordura corporal, então é preciso trocar o IMC por uma medida mais adequada, como a circunferência do abdome, cintura ou avaliação da composição corporal por adipometria ou bioimpedância.
A lição que fica é, os extremos fazem mal, seja muito abaixo ou acima do peso. Mantenha o equilíbrio e seja saudável !!
Pesquisadores americanos descobriram uma nova arma em potencial na luta contra a obesidade. Segundo um estudo apresentado no 97º encontro anual da Sociedade Endócrina em San Diego, Califórnia, um spray nasal sintético do hormônio ocitocina reduziu o consumo de calorias em homens.
Pesquisadores na Escola de Medicina de Harvard, em Boston, incluíram 25 homens saudáveis (idade média de 27 anos) no estudo. Treze deles tinham peso saudável, os outros 12 estavam acima do peso ou eram obesos. Os homens foram atribuídos aleatoriamente à autoadministração de uma dose única de spray nasal de ocitocina ou de placebo após jejum. Uma hora depois, os homens receberam café da manhã, o qual eles escolheram de um cardápio. Em uma visita separada, os homens repetiram o experimento, mas receberam o tratamento oposto.
Em média, os homens consumiram 122 calorias a menos e 9 gramas a menos de gordura na refeição após terem recebido o spray nasal de ocitocina em comparação com o uso do placebo. A ocitocina também aumentou o uso da gordura corporal como combustível para energia. Não houve efeitos colaterais graves.
Como a ocitocina tem efeitos específicos ao sexo, ela deve ser estudada para uma duração prolongada de tratamento, mas de qualquer forma, talvez esta seja uma nova ferramente para o tratamento da compulsão alimentar ou obesidade.
Estudo publicado no “Journal of the American Geriatric Society”, afirma que o aumento da ingestão de refrigerante diet está diretamente ligado a maior obesidade abdominal em adultos.
Para o estudo, pesquisadores da Universidade do Texas admitiram no início 749 americanos de origem mexicana e europeia com idade de 65 anos ou mais. O consumo de refrigerante diet, circunferência da cintura, altura e peso foram medidos em três acompanhamentos de um total de 9,4 anos de pesquisa.
No terceiro acompanhamento e no final havia 375 participantes vivos. Os dados indicam que o aumento da circunferência da cintura entre as pessoas que bebem refrigerante diet, segundo o intervalo de acompanhamento, foi quase o triplo do que entre aquelas não consumidoras: 2,11 cm versus 0,77 cm, respectivamente.
Após ajuste para diversos possíveis fatores de confusão, o intervalo dos aumentos da circunferência da cintura foi de 0,77 cm para não usuários, 1,76 cm para usuários ocasionais e 3,04 cm para usuários diários.
Isso significa um aumento da circunferência da cintura em 2,04 cm para não usuários, 4,67 cm para usuários ocasionais e 8,06 cm para usuários diários em relação a um período de acompanhamento de 9,4 anos no total.
O estudo SALSA mostra que a crescente ingestão de refrigerante diet estava associada ao aumento da obesidade abdominal, o que pode aumentar o risco cardiometabólico em adultos.