A Tensão Pré-Menstrual é um conjunto de sintomas que ocorrem entre a ovulação e o ciclo feminino (entre 1 a 15 dias antes da menstruação).
Estudos já associaram mais de 150 sintomas à TPM. Entre os mais comuns, alterações de humor, sensibilidade nos seios, fadiga, tensão e irritabilidade, dor nas pernas e compulsão por doces. (Vai um chocolate aí?)
A causa destes sinais está relacionada às alterações hormonais ocorridas neste período. Por isto, uma boa alternativa ao tratamento da TPM é o implante hormonal.
Popularmente conhecido como “chip”, ele consiste em um dispositivo aplicado por via subcutânea que libera, de forma gradual no organismo, hormônios que precisam ser regulados.
É claro que alimentação e atividade física regular ajudam (muito) a aliviar os sintomas. No entanto, a administração hormonal se mostra muito mais eficaz para suavizá-los.
Seguro, o procedimento é totalmente personalizado, após uma análise clínica e laboratorial com um profissional experiente e especializado.
Como é implantado sob a pele, ele libera pequenas quantidades de hormônio na circulação. Por NÃO SER metabolizado no fígado e NÃO PASSAR pelo intestino, ele oferece menos efeitos colaterais do que os métodos tradicionais de reposição ou contracepção (anticoncepcionais, por exemplo).
Quando corretamente prescrito, o implante hormonal confere os seguintes “efeitos colaterais”, além da melhora da TPM:
– Melhora da disposição
– Melhora da libido
– Redução da gordura corporal e ganho de massa (mediante dieta + atividade física regular)
Apesar destes benefícios, o implante não deve ser utilizado para fins estéticos, mas, somente como alternativa a tratamentos para TPM, endometriose, SOP, menopausa, reposição hormonal, entre outros.
De acordo com a médica e professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Carolina Sales Vieira, mais de 80% das mulheres utilizam anticoncepcional no Brasil.
Quais os contraceptivos mais comuns?
Constituída por estrogênio e/ou progesterona, ela inibe a ovulação e chega a ter uma eficácia de 99%, desde que ingerida todos os dias, no mesmo horário. Além de exigir uma rotina rigorosa, ela costuma ocasionar efeitos colaterais como diminuição da libido, aumento de peso, enxaqueca e alterações no humor. Também pode aumentar o risco cardiovascular e de trombose.
Injetável
Com formulação semelhante à da pílula, oferece os mesmos riscos. A injeção intramuscular é aplicada a cada 30 dias ou a cada 3 meses.
DIU de prata e cobre
Sem hormônios, pode ser uma ótima opção. Em algumas mulheres pode ocasionar cólicas e aumento do fluxo menstrual.
DIU de Kyleena ou mirena
Há uma baixa liberação de hormônios direto no útero e a mulher geralmente fica sem menstruar. Com o mirena, pode haver inchaço, acne e ganho de peso.
Implante hormonal
Pequeno bastão inserido sob a pele que libera uma quantidade exata de hormônios no organismo (de acordo com cada paciente). Com duração de 6 meses a 1 ano, ele vai reduzindo a menstruação, até cessar. Eficaz, o implante possui efeitos colaterais considerados bons, como redução do inchaço e da celulite, perda de peso e ganho de massa magra (quando associado à atividade física e dieta balanceada), elevação da libido, alívio aos sintomas da TPM, da endometriose e da menopausa.
Por que o implante é a melhor opção?
Porque ele leva uma combinação personalizada de hormônios que variam de acordo com a demanda de cada paciente. Desta forma, além de evitar a gravidez indesejada, o implante ajuda a resguardar a paciente dos efeitos colaterais comuns em métodos tradicionais. Tudo depende da individualidade do paciente, mas, eu tenho boas experiências com cobre, prata, kyleena e implante hormonal.
Cada mulher tem um ciclo menstrual diferente. Apesar das diferenças, todas as mulheres ao longo do mês, passam por várias mudanças fisiológicas que afetam o desempenho no treinamento. Por isso, é fundamental respeitar o seu ciclo para aproveitar ou driblar os efeitos negativos de cada um dos períodos.
O ciclo menstrual tem duração de aproximadamente 28 dias, podendo variar de 21 a 35 dias, e é dividido em três fases:
1ª Fase: Folicular (quando termina a menstruação)
Caracterizado por um aumento da produção de estrógeno e da liberação da noradrenalina. É neste momento que as atletas costumam ter seu melhor desempenho, pois é quando percebe-se uma melhora da resistência aeróbica e também da força. Ótima fase para intensificar os treinos.
2ª Fase: Ovulatoria
Período compreende o 14 ao 16º do ciclo menstrual. Nesta fase as atletas mantem um ótimo estado de rendimento, predomina o bom humor , ânimo e disposição. Orientação é manter forte o ritmo dos treinos.
3ª Fase: Lútea – (entre a TPM e a menstruação)
É nesta fase que se tem o pior desempenho, quando o hormônio da progesterona aumenta, a musculatura lisa relaxa. Com isso, a mulher retém mais líquido, tem prisão de ventre e, por isso, se sente mais inchada. Aumenta-se a fadiga, sente se mais lenta, pesada e surgem os temidos sintomas da TPM: irritabilidade, depressão, falta de concentração e desejo por alimentos doces e sabotamento da dieta.
Durante a menstruação : o sangramento e as cólicas muitas vezes torna a prática da atividade física desconfortável. O ideal é manter a praticar os treinos, no ritmo que lhe for mais adequado, sem grande exigências físicas.
Caso os sintomas causem muitos desconfortos à mulher, uma recomendação é mudar o treino durante o período menstrual. Fazer musculação com carga mais leve pode ser a solução para quem não quer perder o ritmo e continuar se sentindo bem. Não tem problema malhar menstruada , não causa nenhum prejuízo à saúde. Para finalizar, a ginecoligista @dratalithamelo da equipe da @clinicapenchel, comenta que os métodos anticoncepcionais sintéticos como a pílula, impedem esse bom desempenho físico propiciado pelo ciclo menstrual natural pois eles bloqueiam a liberação dos hormônios naturais que promovem bom rendimento físico e ganho de massa muscular. Por isso, converse com ginecologista e adeque seu método de acordo com seu treino.
Primeira programe se com antecedência uma visita ao ginecologista para ele elaborar a melhor estratégia. A ginecologista @dratalithamelo da @clinicapenchel possível deu algumas dicas. “Eu prefiro antecipar a menstruação da atleta para que no dia da prova ela se beneficie da melhor fase hormonal para seu bom desempenho físico. Caso seja for possível, a atleta menstruada deve preferir usar absorventes internos, indico o clássico absorvente de algodão ( duração de 4 a 6 horas) ou novidade do mercado que ‘e o absorvente interno de espuma ( duração de 6 a 8 horas) . Ainda temos a opção do coletor menstrual ou ‘copinho que e’ feito de silicone e por isso não causa alergias A mulher encaixa no fundo canal vaginal e ele impede o extravasamento do fluxo, pode permanecer ate 10 horas, depois basta retirar, esvaziar , lavar e reutilizar. Boa opção para quem tem alergia absorventes.
Se ela optar pelo absorvente externo, sugiro usar os modelos anatômicos com ultra absorção, bem fininhos com cobertura suave (algodão). A cobertura seca (parece um filme plástico) pode assar a virilha pela fricção da corrida. Quanto ao uso da calcinhas, existe no mercado modelos com linha íntima esportiva com corte a laser, tecido tecnológico e antibactericida, com diferentes níveis de compressão (melhora o contrapeso dos músculo e postura corporal) e ventilação estratégica de partes críticas de suor.
Após o fim do campeonato, troque a calcinha suada e o absorvente. Se possível tomar banho para manter cuidados com a higiene íntima!
Popularmente conhecido como o “chip da beleza”, o implante hormonal de gestrinona se tornou uma febre entre as mulheres. Esteroide sintético com propriedades androgênica, antiestrogênica, antiprogestogênica e antigonadotrópica, o gestrinona é inserido de forma subcutânea, preferencialmente nos glúteos, e promete, além de benefícios estéticos, um controle metabólico e hormonal.
Feito de forma individualizada de acordo com cada paciente, o implante reduz os níveis de SHBG, aumentando os coeficientes de testosterona livre. Esta elevação proporciona o ganho da massa muscular e perda de gordura em pacientes que treinam regularmente, assim como diminui a retenção de líquidos e a celulite. Ademais, o hormônio causa um aumento da libido e melhora a disposição física.
Como o gestrinona diminui a liberação das gonadotrofinas (LH e FSH), ele reduz a produção de estrogênio, bem como o ciclo menstrual,a TPM e outras desordens hormonais ginecológicas como endometriose e miomas. Não é contraceptivo. É importante deixar claro que todos os benefícios citados somente são efetivos se aliados a um estilo de vida saudável, com uma alimentação balanceada, atividade física regular e controle emocional. O dispositivo libera, lenta e progressivamente o hormônio por cerca de quatro a seis meses, que é totalmente absorvido pelo corpo, não se fazendo necessária a sua remoção.
Apesar dos inúmeros benefícios citados, antes de mais nada, é necessário entender que cada mulher possui um perfil hormonal peculiar que varia de acordo com seu histórico familiar e pessoal. Como qualquer medicamento, o gestrinona somente deverá ser recomendado após uma avaliação médica aprofundada. Como é realizado de forma individualizada, levando em consideração todas as subjetividades de cada paciente, o implante tem um alto grau de segurança, minimizando possíveis efeitos colaterais, que podem variar de surgimento de acne e oleosidade de pele e couro cabeludo, à queda capilar, pelos no rosto e voz rouca.
Publicado no Journal of Clinical and Diagnostic Research e intitulado “Efeito comparativo entre a canela e o ibuprofeno para o tratamento da dismenorreia primária: um ensaio clínico randomizado duplo-cego”, um estudo iraniano avaliou o efeito de 420 mg de canela (Cinnamomum zeylanicum), de 400 mg de ibuprofeno e de um placebo de amido em três grupos, onde cada grupo tinha 38 mulheres. Tanto a intensidade da dor quanto a duração dela foram monitoradas em todos eles. Veja os resultados relatados:
Após quatro horas de intervenção, não se perceberam diferenças estatisticamente significativas entre o grupo canela e o placebo (p> 0,05). Oito horas depois da aplicação, a gravidade média da dor no grupo da canela foi significativamente menor do que no do placebo (p <0,001). Em vários intervalos de tempo, a gravidade média da dor no grupo ibuprofeno foi significativamente menor do que nos grupos canela e placebo (p <0,001).
Trabalhos diversos já realizados concluem que a canela é considerada um tratamento seguro e eficaz para a dismenorreia primária. Mas será que ela é melhor do que o ibuprofeno? Sim. Conhecendo-se os perigos do ibuprofeno, responsável por efeitos colaterais cardiovasculares de alto risco, a canela como alternativa natural é altamente recomendada. Ao contrário do ibuprofeno, ela não possui propriedades cardiotóxicas.
A canela age na redução da pressão arterial e do açúcar no sangue, conferindo grande proteção contra as doenças cardiovasculares. Além disso, ela mostrou, em experiências anteriores, resultados positivos na redução e na gravidade do sangramento.
Referência: www.thesleuthjournal.com/
Texto: Nutricionista Stefani Rocha
Após a observação de um grande pico de incidência de suicídio após depois de dois meses do uso do contraceptivo hormonal oral por mulheres, foi colocada em evidência uma associação entre a utilização do produto e a tentativa de suicídio. Todavia, depois de um ano de uso do produto, foi observada uma tendência decrescente. “A diminuição nas estimativas de risco para a tentativa de suicídio após um ano de uso do contraceptivo se deveu provavelmente à interrupção do uso em mulheres que desenvolvem reações de humor adversas com o início da contracepção hormonal”, escreveram os pesquisadores.
Alguns estudos avaliaram tentativas de suicídio e suicídios em usuárias de anticoncepcionais hormonais. Todos eles demonstraram elevados riscos de suicídio. “As tentativas de suicídio e os suicídios devem ser adicionados à lista de possíveis efeitos adversos da contracepção hormonal. É uma boa ideia ter uma consulta de controle com um ginecologista cerca de três meses depois de se iniciar a contracepção hormonal para assegurar a boa adesão ao novo método e avaliar a saúde mental”, orientou doutor Lidegaard.
“Os profissionais de saúde precisam ter em mente o possível desmascaramento ou a causalidade do suicídio nas mulheres que iniciaram anticoncepcional oral”, completou doutor Mandel.
Estamos falando de hormônios, que não devem ser prescritos de forma leviana. As mulheres precisam estar cientes de todas as opções que existem de contracepção. É preciso salientar que esses medicamentos são úteis para outras condições médicas.
Referência: Am J Psychiatry. Publicado on-line em 17 de novembro de 2017
Texto: Nutricionista Stefani Rocha
A menopausa é a pausa permanente da menstruação. Ela pode ocorrer de forma natural ou artificial. O modo natural é definido por 12 meses consecutivos de ausência do fluxo menstrual, ocorrendo geralmente entre os 40 e os 55 anos.
E o artificial ocorre quando a produção de hormônios ovarianos é pausada através de medicamentos ou de algum procedimento cirúrgico.
O período climatério é um conjunto de sintomas que ocorrem antes e depois da menopausa (ultima menstruação da vida da mulher). Entre eles estão os fogachos (ondas de calor) e a sudorese, a atrofia genital, os transtornos psicológicos, as alterações de humor, nos aspectos da pele, do cabelo e da unha e o aumento da gordura abdominal.
A ingestão de alimentos ricos em isoflavonas (soja em grãos, tofu, leite de soja), vitaminas C e E, betacaroteno, zinco, selênio, manganês ácidos graxos insaturados (ômegas 3 e 6), bem como antioxidantes ajudam a prevenir e a minimizar esses sintomas.
Na menopausa, as mulheres perdem a proteção relativa às doenças coronarianas devido às modificações no perfil lipídico que ocorrem pela deficiência estrogênica. Além disso, após entrarem para esse período, elas correm um maior risco de terem osteoporose e fraturas osteoporóticas por conta da diminuição da densidade mineral óssea. Assim, alimentos com cálcio podem repor a falta desse micronutriente e deixar os ossos mais resistentes.
A atividade física é essencial. Mulheres no climatério e na menopausa devem aliar uma boa alimentação à prática regular de atividade física para obterem bons resultados.
As oleaginosas, como a castanha-do-pará, a de caju, as nozes e as amêndoas, proporcionam uma série de benefícios para a saúde quando são inseridas na alimentação. Afinal, trata-se de fontes de gorduras boas, as monoinsaturadas e as poli-insaturadas, que protegem o coração e têm um efeito anti-inflamatório espetacular.
Contudo, alguns cuidados são necessários ao se ingerirem as oleaginosas. A melhor maneira de consumi-las é na versão in natura, quer dizer, estado natural do alimento. Aquelas sem sal são as indicadas pelo teor reduzido de sódio e também porque, em geral, a tendência é a de consumirmos sal além do recomendado, já que ele provém de outros alimentos.
As oleaginosas podem compor um lanche entre as principais refeições. É possível ingerir somente um tipo ou um mix delas. Contudo, a porção do alimento é relativamente pequena, podendo variar de 15g a 25g de oleaginosas por dia.
Nos últimos anos, vários suplementos dietéticos foram liberados no mercado com a promessa de oferecer benefícios à saúde. As novas tendências envolvendo a nutrição têm sido destacadas devido aos potenciais efeitos de determinados ingredientes alimentares no processo de envelhecimento cutâneo, propiciando uma aparência saudável da pele, do cabelo e das unhas.
O silício (Si) é um elemento essencial presente em vários tecidos do corpo humano, sendo fundamental na formação estrutural da derme como precursor de fosfolipídios e no aumento da expressão da atividade da enzima prolina hidroxilase. Dessa forma, o Si colabora com a síntese de colágeno tipo I e de elastina e com a formação de glicosaminoglicanos nos ossos e na cartilagem, além de estar envolvido na síntese e na compactação de queratina no cabelo e nas unhas. Adicionalmente, o mineral parece ter algum papel na modulação da resposta imune e inflamatória e estar associado à saúde mental, reduzindo a deposição de metais pesados.
Geralmente encontrado na dieta, o silício nem sempre oferece boa biodisponibilidade por conta da ação enzimática, que resulta em sílica ou silicato. O ácido ortosilícico é a forma solúvel do Si e tem sua biodisponibilidade aprimorada quando estabilizado em colina, que é uma vitamina essencial.
De acordo com os resultados de várias pesquisas, observou-se que um grupo obteve um aumento na ecogenicidade da derme após 90 dias de suplementação de ácido ortosilícico. Assim, provou-se que o tratamento aumentou a densidade da pele. Além disso, as imagens de alta resolução mostraram melhora na rugosidade e no alívio de micro da pele. Constatou-se ainda maior resistência do cabelo.
As mulheres que receberam o suplemento relataram melhora na pele, no cabelo e nas unhas. Como conclusão, as pesquisadoras sugerem que o nutricosmético na forma oral é eficaz e pode ser indicado para aumentar a densidade da pele e melhorar as condições do cabelo e das unhas, complementando os tratamentos tópicos.
Referência: “Essential Nutrition”