Diversas pesquisas vêm apontando a resposta do treinamento em diferentes idades, e foi possível observar uma resposta menor em indivíduos idosos.
A testosterona livre, embora tenha aumentado em adultos e idosos, teve menor resposta nos idosos de 62 anos. Segundo os autores do artigo, a resposta diminuída é associada com a andropausa, caracterizada pelo menor número de células de Leydig e a diminuição da capacidade secretória dessas células, decorrentes do envelhecimento.
Já quando falamos do cortisol, estudos demonstraram aumento semelhante induzido por uma sessão de treino. Entretanto, após um período de 10 semanas de Treinamento de Força, a resposta do cortisol à mesma sessão de treino foi maior nos indivíduos idosos, o que sugere um ajuste endócrino ao treinamento relacionado com a idade.
Outro aspecto ligado á resposta do sistema endócrino direto ao TF é o nível de treinamento dos indivíduos, já que existe possibilidade de ocorrer diferentes respostas hormonais anabólicas e catabólicas antes e após um período de TF. Em um estudo foi investigando homens atletas de levantamento de peso, com idade média de 17 anos, observaram que os sujeitos com mais de 2 anos de treinamento possuíam maior resposta aguda da testosterona.
Em outro estudo, encontraram diferentes padrões de resposta hormonal em homens de meia-idade (40 ± 4 anos) treinados e não treinados após um protocolo de TF. No grupo treinado, foram observados aumentos significativos somente na testosterona livre (27%) e na dehidropiandrosterona (DHEA, 86%), ao passo que no grupo não treinado houve aumento na testosterona total (28%) e livre (22%), DHEA (127%) e cortisol (35%).
O tempo de treino e do status de treinamento (i.e. treinado vs. não treinado) influência nos ajustes do eixo hipotalâmico-hipofisário-g
Referência: CADORE, Eduardo Lusa. Et al. Factors Concerned with the Testosterone and Cortisol Response to Strength Training. Rev Bras Med Esporte – Vol. 14, No 1 – Jan/Fev, 2008.