A mulher portadora da Síndrome de Ovário Policístico (SOP) deve procurar atingir o peso ideal, adequando a quantidade de massa muscular, água e gorduras visceral e corporal no organismo Dessa forma, os sintomas específicos da síndrome serão mais facilmente controlados, e os efeitos sobre a paciente, minimizados.
A resistência à insulina é uma condição presente e frequente na síndrome, elevando a secreção dos níveis do hormônio. Esse excesso, em longo prazo, não é bem manejado pelo organismo, tornando as células ainda mais resistentes à sua ação, elevando os níveis de glicose sanguínea e, consequentemente, favorecendo a ocorrência de diabetes melitus tipo II.
Modificações dietéticas auxiliam no controle dos níveis de glicose sanguínea, além de fornecerem nutrientes em quantidades ideais e ainda favorecerem a perda de peso em indivíduos que apresentam sobrepeso ou obesidade. Entre essas modificações estão:
· Substituição de alimentos industrializados pelos in natura;
· Redução do consumo de alimentos ricos em gorduras animais, com o acréscimo de gorduras de boa qualidade provenientes de alimentos como óleos vegetais, a exemplo de azeite de oliva, azeite de abacate, castanhas e amêndoas;
· Introdução na alimentação de cereais integrais, como arroz, macarrão e aveia;
· Consumo moderado de alimentos lácteos com teor reduzido de gorduras, tais como iogurte e leite lacfree ou desnatados, queijos com baixo teor de gordura, ricota, queijo branco etc.
O consumo adequado de carboidratos de boa qualidade, chamados também de integrais, permite a manutenção dos níveis adequados de glicose sanguínea, prevenindo a produção excessiva do hormônio.
Os carboidratos recomendados para uma dieta equilibrada são os ricos em fibras e pobres em açúcares de rápida absorção, conhecidos como carboidratos integrais ou complexos. Alguns deles são batata-doce, mandioca, batata-baroa, inhame e abóbora-moranga.
O acompanhamento nutricional é de extrema importância para o sucesso do tratamento.
Texto: nutricionista Stefani Rocha