Médicos britânicos sugerem que a triagem para distúrbios da tireoide no início da gestação pode ser significativa.
Os pesquisadores realizaram um estudo de revisão sobre a associação entre doenças da tireoide e problemas com fertilidade e abortos e publicaram os resultados na revista “The Obstetrician & Gynaecologist”.
O foco do estudo foram os efeitos de doenças da tireoide sobre a saúde reprodutiva. O hipertireoidismo afeta cerca de 1,5 por cento das mulheres na população geral e cerca de 2,3 por cento das mulheres com problemas de fertilidade.
Os distúrbios da tireoide têm estado associados a problemas de fertilidade. Contudo, não existe a recomendação de uma triagem de rotina para mulheres assintomáticas com problemas em conceber, criticaram os cientistas do Bristol Centre for Reproductive Medicine. Esse tipo de exame deve ser considerado se uma mulher tiver dificuldade de engravidar ou tiver abortos de repetição.
Mas como os hormônios da tireoide também têm um papel importante no desenvolvimento fetal, os pesquisadores vão ainda mais longe e recomendam a triagem geral para disfunção da tireoide no início da gravidez.
Afinal, o hipertireoidismo pode aumentar o risco de parto prematuro, pré-eclâmpsia, retardo do crescimento, insuficiência cardíaca e bebês natimortos. Contudo, com a triagem apropriada e o tratamento imediato, estes riscos podem ser significativamente reduzidos.
The Obstetrician & Gynaecologist
Volume 17, Issue 1, pages 39–45, January 2015