Sedentarismo pode ser mais prejudicial que obesidade
O nível de atividade física tem sido associado de forma consistente com a redução do risco de mortalidade por todas as causas. Estudos prévios sugerem que a atividade física protege contra morte prematura em pessoas IMC normal, mas não elimina o risco de morte nas pessoas com IMC aumentado.
Para aprofundar o conhecimento sobre a associação entre atividade física, obesidade e morte uma pesquisa onde dados sobre atividade física, peso, altura e circunferência abdominal, foram coletados de 334 mil indivíduos adultos de ambos os sexos. Os participantes da pesquisa foram acompanhados por um período de 12 anos e a análise dos dados foi usada para estimar a importância da atividade física como um fator independente para proteção contra morte prematura.
A pesquisa foi publicada na revista científica American Journal of Clinical Nutrition em 14 de janeiro.
O estudo demonstra, de uma maneira geral, que uma atividade física, mesmo que discreta, diminui as chances de morte prematura quando comparada com sedentarismo. Os pesquisadores estimam que o exercício que gasta de 90 a 110 calorias por dia poderia reduzir o risco de morte prematura entre 16 e 30%. Este efeito benéfico da atividade física moderada é mais pronunciado entre pessoas de peso normal, entretanto, mesmo nas pessoas com sobrepeso e obesidade foi observado um benefício.
A atividade física regular, mesmo em pequena quantidade, é um fator decisivo para a promoção da saúde e redução do risco de morte prematura, mesmo em pessoas com sobrepeso e obesidade.
Estas evidências contribuem para ajudar as pessoas que apresentam um eventual desânimo produzido pela dificuldade de reduzir o peso, diminuindo com isso a vontade de realizar atividade física.