Os prebióticos (fibras) alimentam os probióticos, que são as bactérias benéficas.
As fibras são ingredientes que nutrem e estimulam a vida e a reprodução de grupos específicos de bactérias que habitam o intestino,causando, assim, mudanças positivas na composição ou na atividade da microbiota intestinal.
Como exemplos mais conhecidos citam-se:
Frutoligossacarídeos: banana, farinha de banana verde, mel (Agave), açúcar-mascavo e tomate
Inulina: chicória, alho, aspargos, alcachofra e batata yacon
Pelo fato de os prebióticos não serem digeridos, eles chegam ao cólon, onde são fermentados pela microbiota para sua própria nutrição e seu próprio crescimento. A partir da fermentação,formam-se ácidos graxos de cadeia curta, que possuem efeito modulador de inflamação, cicatrização, motilidade intestinal e fonte de energia.
Já os probióticos são os micro-organismos vivos, que, quando consumidos adequadamente, conferem benefícios à saúde do individuo, como a melhoria da função e da integridade do revestimento intestinal.
Cada vez mais, as bactérias vêm sendo estudadas dentro de uma patologia específica, buscando destacar a importância da disbiose – “desequilíbrio” – em diversas situações: imunidade, obesidade, cérebro e infância.
Texto: Dr.Lucas Penchel e Stefani Rocha (Nutrição – PUC Minas)
Referêrencia: revista “Essentia Pharma”, 10ª edição, outubro de 2016
Estudo publicado pela European Society of Endocrinology mostra que a ingestão diária de 400 ml de refrigerantes ou de sucos industrializados aumenta em duas vezes o risco de diabetes.
Muitas pessoas optam por beber refrigerantes diet ou zero por acreditarem que seu consumo é algo melhor para a saúde em relação ao do refrigerante comum, mas é certo que a versão diet ou zero dessas bebidas apresenta resultados semelhantes aos das convencionais, o que pode ser explicado pelo efeito estimulante do apetite provocado por elas.
Para se ter uma ideia, foi analisado o consumo de mais de 1 litro por dia dessas bebidas tipo zero/diet e, nesse caso, o risco de se desenvolver diabetes tipo 2 chega a ser dez vezes maior do que em pessoas que não consomem nenhum tipo de bebida industrializada. Além do diabetes tipo 2, a pesquisa analisou a diabetes autoimune, chamada Lada (atinge cerca de 8% a 10% da população, exige os mesmos cuidados com alimentação e atividade física e seu diagnóstico requer um exame específico), que, geralmente, acomete os adultos e, também em relação a ela, constatou o risco em dobro com o consumo de 200 ml por dia desses industrializados tipo zero ou diet.
Segundo os pesquisadores, são necessários novos estudos para investigar mais o assunto e esclarecer os efeitos das bebidas adoçadas artificialmente.
Referência: LÖFVENBORG, Josefin E. et al. Sweetened beverage intake and risk of latent autoimmune diabetes in adults (LADA) and type 2 diabetes. European Journal of Endocrinology, v. 175, n. 6, p. 605-614, 2016.
Texto por: Dr. Lucas Penchel e Marcela Fernandes (Nutrição UFMG)
O óleo de coco apresenta uma das melhores características para ser utilizado na culinária, pois, diferentemente dos outros óleos populares, seu smoke point é alto.
O smoke point de um óleo ou duma gordura indica a temperatura limite que ele suporta antes da liberação de compostos voláteis que degra¬dam suas propriedades benéficas.
Estudos científicos mostram que seu uso está associado à redução dos triglicerídeos, do LDL (colesterol ruim) e da circunferência abdominal, ao aumento do HDL (colesterol bom), à prevenção de doenças cardiovasculares, à melhora da circulação sanguínea, ao emagrecimento, ao antienvelhecimento e à otimização do sistema imune.
Além dessas propriedades extraordinárias, de acordo com estudos realizados com a substância, o óleo de coco pode ser empregado até mesmo em produto de limpeza oral. Sim, o uso dele na mucosa oral, como um ingrediente da pasta de dente ou enxaguatório, mostrou-se capaz de atuar como antisséptico, prevenindo cáries e gengivites.
Muitas ações do óleo de coco se dão pela presença dos ácidos graxos – os ácidos láurico, cáprico e caprílico – nele, os quais exercem, por exemplo, ações antimicrobiana, antiviral e antifúngica contra diversos micro-organis¬mos causadores de problemas como candidíase e diarreia.
Até mesmo no tratamento de Alzheimer foi possível associar o óleo de coco, que apresentou resultados promissores: além de exercer efeitos positivos sobre alguns fatores de risco para a ocorrência de doenças cardiovasculares, o óleo de coco tem mostrado melhoria no processo de cognição dos pacientes. Isso porque sua metabolização pelo fígado pode gerar corpos cetônicos – importante fonte de energia alternativa para o cérebro –, beneficiando o comportamento da memória.
Estudos mostram também potenciais efeitos anti-inflamatório e antioxidante em relação à artrite. A inges¬tão diária do óleo de coco sob a forma virgem foi capaz de reduzir marcadores inflamatórios, além de aumentar enzimas antioxidantes e glóbulos brancos. A suplementação desse alimento também mostrou resultados que podem ajudar no estado funcional e na qualidade de vida em pessoas que se submetem à quimioterapia.
Então, está esperando o que para colocar esse alimento maravilhoso em sua alimentação?
Texto por Dr. Lucas Penchel e Stefani Rocha (Nutrição PUC – MINAS)
Referência: revista “Essentia Pharma” (10ª edição)
A mandioca, também conhecida como aipim ou macacheira, foi eleita pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o alimento do século 21.
Ela é considerada o segredo da disposição dos povos indígenas e fonte de energia para os europeus, que trocaram o costume do pão de trigo pelo beiju (tapioca), alimento feito a partir da fécula extraída da mandioca.
A raiz é fonte de dois tipos de carboidratos: amilopectina e amilose. Ambos fazem com que a glicose seja liberada mais lentamente para o corpo, fato que evita picos de açúcar no sangue, reduzindo o risco do surgimento de diabetes tipo 2, além de oferecer mais saciedade e energia por ser um alimento rico em fibras e em vitamina C, bem como em minerais, a exemplo de potássio, magnésio e cálcio.
Além dos benefícios citados, a mandioca tem efeito antioxidante e promove inúmeros benefícios para a saúde, tais como aumento da função imune, proteção contra doenças cardíacas, retardo do envelhecimento, proteção contra Alzheimer e osteoporose, redução da frequência de enxaqueca e alívio da tensão pré-menstrual (TPM), entre outros.
Texto por Dr. Lucas Penchel e Marcela Fernandes (Nutrição UFMG)
O abacate é uma gordura para ingerimos, mas é certo que passamos raiva no ato de escolher o fruto no supermercado, pois ou ele está sempre verde ou bem maduro.
Temos uma dica para você conseguir amadurecê-lo rapidinho e, assim, utilizá-lo na dieta: compre o abacate verde mesmo e o coloque dentro de um recipiente com uma banana madura. Essa produz um gás, chamado gás etileno, que é responsável pela maturação e que funciona como um hormônio, o qual está presente em toda a estrutura do fruto, desde a casca até seu interior, e que promoverá o amadurecimento do abacate.
Com esse fácil truque, não precisaremos esperar que o fruto fique maduro para poder degusta-lo.
Texto e dica por: Dr. Lucas Penchel e Marcela Fernandes (Nutrição UFMG)
De acordo com a revisão Cochrane, apresentada na “European Respiratory Society 2016”, a adição da vitamina D à medicação para a asma pode levar à redução dos ataques provocados por esse problema.
O estudo avaliou 435 crianças e 658 adultos, tendo como resultado a redução significativa da taxa de ataques. No entanto, essa conclusão foi baseada apenas em dados de adultos.
O pesquisador Dr. Martineau afirmou que mais pesquisas devem ser realizadas com o intuito de se tentar identificar se os benefícios da vitamina D são restritos aos pacientes deficientes da vitamina, pois uma grande proporção dos participantes do estudo estava com valores de deficiência ou insuficiência.
A vitamina age com efeito anti-inflamatório nos pulmões, induzindo mecanismos antimicrobianos, além de proporcionar outros benefícios, como ser vital para a regulação da pressão arterial, ajudar na absorção de cálcio (desenvolvimento ósseo/combate à osteoporose) e de fósforo, fortalecer o sistema imune e atuar na secreção de insulina. A ingestão recomendada pelo U.S Dietary Reference Intake para crianças e adultos de até 50 anos é de cinco microgramas por dia (200 UI/dia) e aumenta para dez microgramas/dia (400 UI/dia) para pessoas entre 50 e 71 anos de idade e para 15 microgramas/dia para idosos acima dos 70 anos.
Texto: Dr. Lucas Penchel e Marcela Fernandes (Nutrição UFMG)
Referências: Martineau AR, Cates CJ, Urashima M, Jensen M, Griffiths AP, Nurmatov U, Sheikh A, Griffiths CJ. Vitamin D for the management of asthma. Cochrane Database of Systematic Reviews 2016, Issue 8. Art. No.: CD011511. DOI:10.1002/
É sabido que o açúcar e os alimentos açucarados podem causar o diabetes por elevarem muito rapidamente o nível de açúcar no sangue.
Numa série de experimentos com camundongos, pesquisadores da Washington University of School Medicine, em recente estudo, observaram que altos níveis de glicose sanguínea aumentaram a quantidade de placas de proteínas amiloide no cérebro, uma característica da doença de Alzheimer (DA). Essas placas são como acúmulos anormais de proteína suspeitos de, gradualmente, destruírem as células cerebrais saudáveis.
Trabalhos feitos anteriormente sugeriam que pessoas com níveis elevados de glicose no sangue e pessoas com diabetes tipo 2 poderiam ter maior risco de sofrerem de Alzheimer com o passar dos anos, e o estudo da Washington University of School Medicine teve como objetivo verificar como isso poderia ocorrer. Fornecendo-se a camundongos uma solução de açúcar ao longo de um número de horas, observou-se um aumento da concentração de amiloide no fluido que circunda as células cerebrais. Os efeitos foram mais perceptível nos camundongos mais velhos.
Mas só se analisaram os de curto prazo. Não se verificou, por exemplo, se níveis elevados de glicose afetam a formação de placas no longo prazo ou quais sintomas eles poderiam acarretar às pessoas. No entanto, as evidências anteriormente publicadas apontam que a adoção de um estilo de vida saudável, juntamente com a redução da ingestão de açúcares, é uma maneira de propiciar uma longevidade de boa qualidade a todos.
Outro trabalho recente, proveniente da Universidade de Missouri e publicado no “Journal of Alzheimer’s Disease”, descobriu que o chá verde pode retardar a doença de Alzheimer. Nesse estudo também foram utilizados camundongos. Observou-se que a progressão da doença poderia ser diminuída ou interrompida com o uso do extrato de chá verde chamado ECGC administrado oralmente em água (50mg/kg/dia). “Esses resultados, em conjunto com estudos epidemiológicos e clínicos em seres humanos, sugerem que os polifenois, juntamente com exercícios, podem ter efeitos benéficos sobre a saúde do cérebro e retardar a progressão da DA”, concluíram os autores.
Texto: Dr. Lucas Penchel e Stefani Rocha (Nutrição PUC Minas)
Referência: revista “Pharma Essentia”
A Universidade da Finlândia Oriental investigou a relação do banho de sauna com o mal de Alzheimer.
Mais de 2.000 homens foram estudados por mais de 20 anos. Eles se dividiram em três grupos de acordo com a frequência na sauna: uma vez por semana, duas ou três vezes, quatro a sete vezes por semana. Depois, os pesquisadores analisaram qual dos indivíduos desenvolveu o Alzheimer ou outro tipo de demência.
Os resultados foram impressionantes: verificou-se que, quanto mais banhos de sauna os filandenses tomavam, menos risco de desenvolvimento dessa doença e também de outras enfermidades que afetam a memória eles apresentavam. Os homens do terceiro grupo, que utilizavam a sauna de quatro a sete vezes por semana, tinham um risco 65% menor quando comparados com os indivíduos do primeiro grupo, que só frequentavam a sauna uma vez por semana.
De acordo com os pesquisadores, os estudos precisam ser repetidos em uma população diversificada para se garantir o resultado encontrado.
Texto: Dr. Lucas Penchel e Marcela Fernandes (Nutrição UFMG)
07
Referência:
Tanjaniina Laukkanen, Setor Kunutsor, Jussi Kauhanen, and Jari Antero Laukkanen. Sauna bathing is inversely associated with dementia and Alzheimer’s disease in middle-aged Finnish men
O tomate tem esta vocação: é rico, muito rico em licopeno, uma substância defensora do corpo humano e que dá a cor vermelha extraordinária ao tomate.
Portanto, quanto mais vermelho esse fruto estiver, mais rico de licopeno estará.
Em recentes estudos, ficou demonstrado seu papel na prevenção do câncer, especialmente o de próstata – segundo tipo mais comum entre os homens brasileiros. Na Universidade de IIIinois, nos Estados Unidos, cientistas confirmaram em laboratório sua ação protetora em células da glândula.
Embora haja bons indícios de que o licopeno ajuda a afugentar outros tumores, inclusive nas mulheres, a íntima associação com a blindagem da próstata já começa a ser explicada. Segundo os pesquisadores, um de seus destinos preferidos é aquela região que a ala masculina defende com mãos, unhas e dentes (órgão sexual). Não à toa, os países com menor incidência de câncer de próstata no mundo, entre eles a Grécia e a Turquia, têm o tomate na base de sua dieta.
Metido, o senhor tomate não se convida para entrar em nossa cozinha apenas para participar de expedições antitumorais. Ele também quer espaço no coração da família. Ainda bem.
Pesquisadores da Tufts University, em solo americano, revisaram uma penca de estudos publicados na última década sobre o impacto do licopeno no sistema cardiovascular. Eis a conclusão: a ingestão diária da substância está associada a uma redução de 26% no risco de doenças cardíacas.
Nessa história, o cérebro também se dá bem: uma pesquisa finlandesa publicada no jornal da Academia Americana de Neurologia constatou que pessoas que consumiram o fruto e os produtos à base dele corriam um risco 55% menor de sofrer um derrame.
Texto: Dr. Lucas Penchel e Stefani Rocha (curso de nutrição da PUC Minas)
É sabido que, no mundo contemporâneo, as pessoas vivem por mais tempo.
Para se ter uma ideia disso, de 1921 para 2011, a expectativa de vida no Canadá aumentou de 57,1 anos para 81,7. Ou seja, houve um ganho de 24,6 anos nesse período. E, para aproveitarmos esse tempo com qualidade, é importante que sigamos algumas orientações médicas:
1) Cuide de seu coração
O exercício tem um efeito dilatador sobre os vasos sanguíneos, reduzindo a pressão arterial e criando um sistema circulatório mais eficiente. Já a ingestão de açúcar, sal e gordura provoca o efeito contrário, já que eles constringem os vasos sanguíneos, estabelecendo placas ao longo das paredes dos vasos.
Se você quiser desfrutar de boa saúde por muitos anos, você precisa assumir o compromisso de evitar esses alimentos e de se exercitar em uma base regular. Para os canadenses, 30 minutos de atividade de moderada a vigorosa durante cinco dias por semana é o ideal.
2) Cuide de seu intestino
A manutenção de um sistema digestivo saudável tem um efeito profundo na saúde em geral. Ingerir fibras – tanto solúveis quanto insolúveis – e itens fermentados, como picles, salada de repolho ou chucrute, que fornecem bactérias saudáveis para ajudar a quebrar os alimentos em seu estômago, é deixar o sistema digestivo bem.
3) Beba bastante água todos os dias
Se você não sabe quanto de água deve tomar por dia, siga aquela velha e boa regra: oito copos por dia para começar. Considerando-se que um copo tem apenas 240 ml, você pode ir, gradualmente, aumentando a quantidade. A hidratação apresenta uma série de benefícios, como ajudar a ativar o metabolismo na parte da manhã, dar à pele um brilho saudável e auxiliar o organismo na eliminação das toxinas.
4) Alongue-se diariamente
Uma das melhores coisas que as pessoas podem fazer pensando em seu futuro é desenvolver uma rotina de alongamento diário. A partir dos 35 anos, nossos corpos começam a perder massa muscular naturalmente, através de um processo chamado sarcopenia. Em muitas pessoas de 50, 60 e 70 anos, os músculos encolhem, afetando as articulações e ocasionando alterações posturais, especialmente nos quadris e na coluna vertebral. Isso, consequentemente, promove mudanças nos padrões da caminhada e, finalmente, resulta no aumento do risco de queda e de lesão.
Fonte: http://