Como a própria palavra diz, reposição significa repor algo que não existe mais. No caso do corpo humano, significa devolver substâncias que já não são mais fabricadas naturalmente pelo organismo.
A partir de certa idade, o indivíduo, tanto a mulher quanto o homem, diminui a produção de hormônios sexuais em virtude de falências endócrinas parciais ou totais. No caso da mulher, isso está atrelado ao rompimento brusco de uma atividade importante para o organismo até aquele momento, a ovulação. Alguns dos efeitos da redução na produção do estradiol são a perda das curvas características do corpo feminino – principalmente das nádegas e dos seios – o aumento de gordura corpórea, surgimento de sinais de masculinização, como o aumento de pelos e o engrossamento da voz. Também podem aparecer sintomas depressivos, além de desinteresse sexual, perda de memória e distúrbios do sono.
No homem, ocorre o decréscimo gradual e contínuo de hormônios, o que traz uma série de efeitos, desde a perda do tônus muscular até a da agressividade e da memória, além de sintomas depressivos e desinteresse sexual. Nesse caso, essa não-produção de hormônios não é caracterizada como uma patologia ou um problema, mas, sim, como um processo natural do organismo.
Portanto, a reposição hormonal exerce um papel corretivo, eliminando sintomas que aparecem a partir da menopausa, no caso da mulher, e da andropausa, no caso do homem.
Dr.Elsimar Coutinho
Hormônios são substâncias produzidas pelas glândulas endócrinas que atuam dentro da corrente sanguínea. O sangue transporta esses hormônios para atuarem em áreas específicas do organismo. Os hormônios são governados por atividades cerebrais e regulam o crescimento, o desenvolvimento, controlam as funções de muitos tecidos, auxiliam as funções reprodutivas e regulam o metabolismo. O termo “hormônio” tem origem grega e significa “pôr em movimento”.
Os hormônios sexuais iniciam sua secreção por volta dos 10 anos de idade. O declínio desses hormônios é inversamente proporcional ao envelhecimento, ou seja, quanto mais velho o indivíduo fica, menos hormônios sexuais ele vai produzir naturalmente. Esse processo pode chegar até o desaparecimento total da produção desses hormônios a exemplo dos homens, no caso da mulher, no período conhecido como menopausa, o corpo cessa a produção de tais hormônios. Além disso, durante a vida, as pessoas podem apresentar patologias congênitas ou adquiridas, disfunções ou desequilíbrios hormonais que necessitam de um tratamento específico.
A Medicina oferece tratamento para esses tipos de situações. O tratamento é conhecido como Terapia de Reposição Hormonal. Conheça aqui um pouco mais sobre esse tratamento clicando no próximo tópico da sessão.
Dr. Ilsimar Coutinho
A noz da Índia
A velocidade com que aparecem novos produtos para emagrecimento tem sido muito grande. Diante disso, precisamos sempre agir com a razão, e não com a empolgação, afinal, existem fórmulas ou terapias que não podem ser utilizadas de maneira generalizada e irracional.
A moda da vez é a noz da Índia, semente proveniente da Indonésia que está sendo atribuída como o mais novo e eficaz alimento no auxilio do emagrecimento. É preciso ter cuidado com seu uso, pois tem sido comercializada a versão tóxica, que pode desencadear sinais e sintomas graves. A versão utilizada para emagrecer possui o nome cientifico Aleuritesmoluccana e características peculiares, como maior parte do valor nutricional dividida entre carboidrato e gordura.
Até o momento, não existem estudos científicos que confirmem a eficácia na perda de peso.Contudo, na prática clínica, percebe-se que ela possui um efeito adjunto na terapia do emagrecimento, tanto como placebo, como na melhora do trânsito intestinal e dos níveis de colesterol (informação confirmada em estudos com ratos), bem como um efeito anti-inflamatório, não apresentando propriedades que aceleram o metabolismo ou moderam o apetite.
Portanto, ao se decidir pelo uso da noz da Índia, é necessário ter consciência da importância de seguir todas as recomendações. Essa semente pode ser, sim, uma grande ferramenta no auxilio da perda de peso, mas, de maneira isolada e sem uma dieta adequada e um estilo de vida saudável, ela não fará milagre.
E, atenção, apesar de ser natural, a noz possui contraindicações, não devendo ser utilizada sem a orientação de um nutricionista ou de um médico. Algumas pessoas podem apresentar sintomas desconfortáveis, dentre eles dor de cabeça, diarreia e cólica, por conta dos efeitos laxativo e diurético da semente. Se isso ocorrer, é de fundamental importância redobrar as atenções aumentando-se a ingestão de líquido e de frutas.
Exercícios de curta duração e alta intensidade antes de refeições gordurosas protegem os vasos!
É frequente o surgimento de doenças cardiovasculares em jovens quando uma dieta inadequada compromete a função dos vasos sanguíneos. Exercícios antes de refeições gordurosas podem ter um efeito protetor sobre os vasos. Pesquisadores britânicos descobriram recentemente que sessões de treinamento curto eintensivo são mais eficazes do que sessões moderadas e prolongadas. O estudo foi publicado na revista “American Journal of Physiology”.
Cientistas da Universidade de Exeter pediram que moças e rapazes usassem uma bicicleta ergométrica por oito minutos e com alta intensidade ou por 25 minutos a uma intensidade moderada. Em seguida, os participantes consumiram um milk-shake com alto teor de gordura e os médicos mediram seus efeitos sobre a função dos vasos.
O estudo mostrou que o exercício de intensidade moderada evitou a diminuição da função dos vasos depois de consumir uma refeição gordurosa. Mas o exercício curto e de alta intensidade não apenas evitou essa queda, como também resultou em um nível de função dos vasos sanguíneos que foi superior àquele induzido pelo exercício moderado.
Além de um efeito melhor, os participantes do estudo também gostaram mais das sessões de treinamento curto e intensivo do que das sessões prolongadas e moderadas, vale mencionar, que o estudo de nada aponta redução da ingestão calórica ou emagrecimento com este procedimento. O único efeito benéfico avaliado foi o da proteção nos vasos sanguíneos !
De qualquer maneira, modere nos alimentos açucarados sempre !
Pessoas acima dos 65 anos em geral podem escolher entre a vacinação padrão contra a gripe e a vacina de alta dose – que pode ter um maior efeito no sistema imune que fica debilitado nos idosos. De acordo com um estudo dos EUA, apresentado na revista “Clinical Infectious Diseases”, somente os mais idosos nessa faixa etária se beneficiariam de uma imunização em alta dose.
Médicos do Philadelphia Veterans Affairs Medical Center analisaram dados de 165 mil veteranos que foram vacinados contra a gripe durante a época da gripe de 2010/2011. Destes, 25 mil foram injetados com vacina de alta dose. O estudo se concentrou nas mortes e hospitalizações relacionadas aos dois grupos.
De início, os pesquisadores não determinaram diferenças entre as duas diferentes vacinações. No entanto, depois de um exame mais atento e quando as categorias de idade dos grupos foram então divididas, descobriu-se um efeito mais intenso nos idosos acima dos 85 anos. De acordo com o autor do estudo Darren Linkin, eles pareceram se beneficiar consideravelmente da vacina de alta dose em comparação às pessoas mais jovens.
Os resultados do estudo são contrários a diversos estudos anteriores que, no geral, indicavam a eficácia para toda a faixa etária de pessoas com mais de 65 anos. Devem ser realizados outros estudos, que devem abranger diversas temporadas de gripe, concluíram os autores.
Oxford journals – Clinical Infectios Diseases- 25.06.2015
Restrição calórica: A fonte da juventude para os músculos no envelhecimento?
A restrição calórica tem sido estudada como uma maneira de estender a vida útil em animais. Tem sido associada com a capacidade de reduzir os riscos de doenças cardiovasculares e para melhorar a saúde geral.
Agora, pesquisadores da Universidade Chang Gung de Taiwan descobriram que a restrição calórica também pode ser benéfico para os músculos, melhorando o metabolismo e massa muscular em um momento importante – durante a meia idade. O artigo ” Restrição calórica altera metabolismo muscular modulando metabolismo do piruvato” é publicado em frente de impressão no American Journal of Physiology-Endocrinologia e Metabolismo.
“Até à data, a restrição calórica (CR) foi a única estratégia não-farmacológica e não-genética que aumenta o tempo de vida dos animais e proporciona benefícios para a saúde”, escreveu a equipe de pesquisa A restrição calórica possui um efeito protetor sobre as células musculares alem de auxiliar na absorção e utilização de substâncias antioxidantes, evitando danos causados pelos radicais livres.
Pesquisadores se concentraram em duas vias que produzem energia nos músculos, a glicólise (metabolismo do açúcar) e fosforilação oxidativa mitocondrial (OXPHOS) tanto em ratos jovens e de meia-idade que foram alimentados com uma dieta normal ou uma dieta de restrição calórica. No estudo de 14 semanas, os ratos na dieta de restrição calórica recebeu 10 por cento a restrição calórica na primeira semana, 25 por cento de restrição no segundo e 40 por cento de restrição para os restantes 12 semanas. Os ratos do grupo controle não recebeu nenhuma restrição calórica. Após 14 semanas, os pesquisadores estudaram as alterações nos músculos dos ratos.
Não surpreendentemente, os ratos de meia idade tinha menos massa muscular do que os ratos jovens. No entanto, durante as 14 semanas de restrição calórica não houveram mudanças significativas nos ratos de meia idade, porém eles apresentaram uma redução da massa muscular em relação aos ratos jovens. A restrição de calorias diminuiu a taxa glicolítica nos músculos, levando a um aumento da dependência das células para a fosforilação oxidativa contra a glicólise em ratos mais velhos, que estava ligada a melhoria da massa muscular normalizado.
Em resumo, este não é o primeiro estudo e nem será o último a afirmar os benefícios da restrição calórica em alguns momentos da vida. Portanto antes de iniciar determinada mudança no seu estilo de vida, receba acompanhamento médico e nutricional
De acordo com um estudo publicado na revista “Journal of Sexual Medicine”, baixos níveis de testosterona parecem estar associados a uma maior probabilidade de depressão nos homens. Homens encaminhados a um especialista devido a níveis limite de testosterona tinham taxas de depressão e sintomas depressivos bem maiores que os da população geral.
Para o estudo, os pesquisadores da Universidade George Washington, em Washington, DC, analisaram dados de 200 homens entre 20 e 77 anos de idade (média de idade de 48 anos) que foram encaminhados por níveis limite de testosterona total entre 200 e 350 ng/dL. As informações coletadas incluíam dados demográficos, histórico médico, uso de medicamentos, sinais e sintomas de hipogonadismo, e avaliações de sintomas depressivos e/ou um diagnóstico conhecido de depressão ou uso de um antidepressivo.
Enquanto as taxas de depressão na população geral variavam de 6 a 23 por cento, as taxas entre os sujeitos foram significativamente mais altas. Depressão diagnosticada e/ou sintomas depressivos estavam presentes em 56 por cento dos sujeitos. Além disso, um quarto dos homens do estudo estavam tomando antidepressivos e tinham altas taxas de obesidade e baixas taxas de atividade física. Os sintomas mais comuns foram disfunção erétil, diminuição da libido, menos ereções matinais, pouca energia e distúrbios do sono.
Os autores concluíram que os médicos devem considerar fazer triagem para depressão e sintomas depressivos, sobrepeso e fatores de estilo de vida não saudável nos homens com níveis limite de baixa testosterona.
The Journal of Sexual Medicine Article first published online: 30 JUN 2015
Infecções do trato urinário frequentemente têm diagnóstico errado em prontos-socorros
Em prontos-socorros dos EUA, o diagnóstico exato de infecções do trato urinário e doenças sexualmente transmissíveis aparentemente costuma ser um problema. Isso foi apontado por um estudo publicado na revista “JournalofClinicalMicrobio
Cientistas da Case Western Reserve University em Cleveland (Ohio) analisaram relatórios de 264 mulheres entre 18 e 65 anos de idade que tinham ido ao pronto-socorro do MetroHealth Medical Center em Cleveland. Eles descobriram que nem a metade dessas mulheres diagnosticadas com infecção do trato urinário realmente tinham esse quadro.
Por sua vez, doenças sexualmente transmissíveis não foram detectadas em 37 por cento dessas mulheres e 64 por cento foram erroneamente diagnosticadas com infecção do trato urinário. O motivo para isso é o fato de que, em ambos os casos, uma urinálise anormal é um achado comum e há similaridade entre os sintomas de infecção do trato urinário e algumas infecções sexualmente transmissíveis.
Também foi problemático o fato de que quase um quarto das mulheres diagnosticadas com infecção do trato urinário não apresentavam nenhum desses sintomas e também foram tratadas sem uma cultura de urina.
O excesso de diagnósticos de infecção do trato urinário não só leva a um uso excessivo de antibióticos como também ao desenvolvimento de bactérias resistentes, alertou a autora do estudo Michelle Hecker.
Journalofclinicalmicrobiol
Não apenas fisiculturistas e halterofilistas, mas também um número crescente de frequentadores não profissionais de academias tomam esteroides para aumentar o crescimento muscular e o desempenho nos esportes.
Um estudo britânico publicado na “The Open PsychiatryJournal” acaba de revelar que esses esteroides afetam de modo negativo a memória diária.
Pesquisadores da NorthumbriaUniversity incluíram no estudo 100 homens com idades entre 18 e 30 anos que eram frequentadores regulares de academia. Metade do grupo usava esteroides. Eles descobriram que os usuários de esteroides eram 39 por cento mais esquecidos em termos de memória prospectiva, 28 por cento mais esquecidos quando recordavam memórias antigas ou fatos anteriores, e tinham uma diferença de 32 por cento na função executiva mental em comparação aos não usuários.
“Nossos achados sugerem que o uso de esteroides anabólico-androgênicos em longo prazo causa um impacto significativo na memória diária e na capacidade de lembrança de um indivíduo. Isso pode afetar muitos campos de ação diários, incluindo aspectos interpessoais, ocupacionais, educacionais e relativos à saúde”, explicou o autor do estudo Tom Hefferman.
The Open PsychiatryJournal Volume 9, 2015
Estudo divulgado no dia 06 de julho, afirma diferentes taxas de envelhecimento a partir dos 20 anos de idade. As descobertas foram publicadas na revista America de ciências (PNAS), baseado em um grupo de 954 pessoas nascidas entre os anos de 1972 e 1973
Foram coletados dados sobre os rins, fígado, pulmão, higiene bucal, vasos sanguíneos, metabolismo e função imunológica. Ele também mediram colesterol, condicionamento físico, e comprimento dos telômeros, que são marcadores confiáveis no envelhecimento.
Usando um total de 18 medições biológicas, os investigadores determinaram uma “idade biológica” para cada participante aos 38 anos – com alguns registrando menos de 30 anos e outros que parece ter quase 60.
Quando os cientistas observaram atentamente para os que tinham envelhecido mais rapidamente, eles encontraram que os sinais de deterioração eram evidentes aos 26 anos, idade em que o primeiro conjunto de medidas biológicas foram tiradas.
A maioria das pessoas no grupo estava envelhecendo à taxa esperada de um ano biológico por ano cronológico, ou até menos. Outros foram envelhecendo numa proporção de três anos biológicos por ano cronológico.
Os autores do estudo disseram que seus resultados pavimentam o caminho para futuros testes que podem ser mais fáceis e mais baratos de implementar, de modo que as pessoas podem descobrir o quão rápido estão envelhecendo em seus 20 anos – quando ainda podem fazer algo e possivelmente prevenir doenças relacionadas à idade.
Pesquisas anteriores mostraram que os genes representam cerca de 20% do envelhecimento, colocando em conta os hábitos de saúde e ao meio ambiente.
Fonte: G1