Nenhum outro suplemento alimentar esteve tão cercado de polêmicas quanto a creatina.
Ela já foi associada ao uso de anabolizantes, ficou proibida no Brasil por cinco anos, ainda é malvista por muitos médicos e classificada por parte deles como uma ameaça às funções do rim e do fígado. “Essa fama negativa não existe à toa. Por muitos anos, atletas internacionais de várias modalidades associaram o uso de anabolizantes à creatina”, afirma Antonio Herbert Lancha Jr., coordenador do Laboratório de Nutrição e Metabolismo Aplicados à Atividade Motora, da Universidade de São Paulo (USP).
Na contramão disso, o pesquisador norte-americano Melvin William, PhD em educação física e em ciências do exercício pela Universidade de Maryland (EUA), defende o uso da substância, e não só por atletas profissionais. “Ela tem eficácia comprovada para esportistas amadores, idosos, diabéticos e pode até ser usada na reabilitação de alguns pacientes”, declara.
Melvin estuda a creatina há décadas e já escreveu sobre a utilização do suplemento em alguns livros, como o “Nutrition of Health, Fitness and Sport”. O pesquisador esteve, recentemente, no Brasil para o simpósio “Desmistificando o uso da creatina”, promovido por uma empresa fabricante de suplementos alimentares e que comercializa produtos à base de creatina.
Uma dose básica de creatina é sintetizada naturalmente pelo organismo, no fígado e no pâncreas. Ela, geralmente, é complementada pela alimentação, por meio de peixes, carnes e derivados. “Metade da dose de que precisamos é produzida pelo corpo, enquanto a outra é ingerida na alimentação”, diz Melvin. São necessários de 1 a 2 gramas por dia. “Vegetarianos costumam apresentar níveis baixos de creatina no organismo”, acrescenta o estudioso.
Explosão de força
Um dos benefícios mais conhecidos da suplementação com creatina é a explosão de força. A substância consegue aumentar o desempenho do esportista em atividades que exigem muito esforço em intervalos pequenos. “O exercício não pode ter mais do que 30 segundos”, esclarece o pesquisador.
Vários esportes podem ser contemplados por essa propriedade da creatina, como a corrida e a natação, nas provas mais velozes e curtas, e até o halterofilismo, pela necessidade de força concentrada apenas no levantamento de peso. “Dezenas de estudos comprovam essa eficácia, sendo que as pesquisas mais consistentes indicam uma melhora de até 13% no desempenho do atleta. Em outros estudos, a força muscular do atleta chega a aumentar pelo menos 8%”, comenta.
Massa muscular
A explosão de força proporcionada pela creatina pode contribuir para o ganho de massa muscular, independentemente do inchaço causado pela retenção de líquidos no músculo. “Estudos americanos e britânicos demonstram isso, seja nos atletas que usaram creatina, seja naqueles que a combinaram com carboidratos”, revela Melvin.
Os carboidratos também são moléculas estocadas nos músculos e responsáveis pelo fornecimento de energia para o sistema aeróbico. “O carboidrato dá a energia necessária para atividades de longa duração”, afirma Souza.
Rins e fígado: há mesmo sobrecarga?
O receio de sobrecarregar rins e fígado pelo uso de suplementos de creatina ainda assusta muitos médicos e especialistas em nutrição de atletas. “Mas isso foi desmentido por inúmeras pesquisas”, garante Melvin.
Até uma pesquisa nacional realizada pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (USP) e divulgada em 2008 comprovou que a suplementação com creatina não gerou sobrecarga nos rins de atletas de 24 anos. O trabalhou foi publicado no “European Journal of Applyed Physiology”.
Em esportistas que usam o suplemento, a sobrecarga ocorreria porque as células renais entrariam em fadiga ao receberem uma quantidade excessiva de creatina, além das outras substâncias que, normalmente, metabolizam. “Mas isso não foi visto nos estudos”, pontua o pesquisador.
Questionado sobre a possibilidade de a creatina causar cálculo renal, Melvin afirma que não há evidência dessa ligação. “Não vejo possíveis complicações porque a origem do cálculo está no cálcio”.
As reações adversas apontadas pelo estudioso norte-americano estão todas associadas a problemas estomacais. “Foram registrados casos de diarreia e estômago irritado”, diz ele.
Melvin indica dois planos de suplementação com creatina, um de resultados mais rápidos – para atletas de alto desempenho – e outro para esportistas iniciantes. “Mas todo programa deve ser feito com acompanhamento médico, especialmente se a pessoa tiver algum problema de saúde”, alerta.
Reabilitação
A creatina também começa a ser estudada como alternativa terapêutica para pacientes em reabilitação. “É uma ideia extremamente interessante. Existe a possibilidade de benefício para portadores de atrofia causada por longas imobilizações”, informa Turíbio Leite de Barros Neto, professor de fisiologia do exercício na Unifesp e ex-fisiologista do São Paulo Futebol Clube.
Os estudos nessa área ainda estão começando a apresentar resultados consistentes. “Esse tipo de uso também pode beneficiar pessoas nas atividades diárias, como carregar uma sacola de compras”, diz Melvin.
Diabetes
Há cerca de três meses, um estudo do Laboratório de Nutrição e Metabolismo da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP revelou que a suplementação de creatina aliada a exercícios melhora o quadro de pacientes com diabetes tipo 2.
O benefício está no controle da taxa de açúcar no sangue, que é elevada nos diabéticos. A doença dificulta a absorção de glicose nas células, função que passaria a ter apoio da creatina. Durante o estudo, mesmo os pacientes com alteração das funções renais não apresentaram complicações.
Para Lancha Jr., todo o material de Melvin serve como base para derrubar muitos mitos acerca da creatina. “Acredito que, num futuro próximo, a creatina possa se tornar um suplemento com aplicações diversas, não apenas para atletas. Acho que essa substância poderá suprir o que perdemos com as mudanças na maneira como nos alimentamos”, avalia.
Texto: Dr Lucas Penchel e Stefani Rocha – Estagiaria de Nutrição PUC MINAS
Estudos mostram benefícios no sistema imune com o consumo de 15g diárias de Whey Protein pelo fato de esse produto conter excelente concentração de cisteína, que tem papel fundamental na formação da enzima glutationa peroxidase, responsável pela defesa de antioxidantes.
Além disso, estudos apresentam aumento na translocação do Glut-4, mecanismo de ação para pacientes com resistência insulínica ou diabetes tipo 2.
Sempre que falamos de ingestão proteica ou de suplementação de proteínas, pensamos em saúde renal. É fundamental um nutricionista calcular a necessidade diária de proteína do indivíduo para não causar excesso na produção da ureia (subproduto da ingestão de aminoácidos), que é eliminada pelos rins, prevenindo um bom funcionamento renal.
A proteína Whey concentrada, entre os três tipos, pode ser considerada a mais simples, “integral” e com menor processamento. Isso se deve ao fato de ela passar por poucos estágios de filtragem, o que lhe garante uma qualidade boa (a qual irá variar de acordo com a matéria-prima, os tipos de equipamentos usados, suas condições etc.), mas não tão pura como nos outros dois casos e também não previamente hidrolisada (ou seja, com a disponibilização de aminoácidos em sua forma livre ou em di/tripeptídeos). Normalmente, a quantidade de proteína em um Whey Protein concentrado varia de 70% a 80%. Por sofrer menor processamento, ela contém lactose, gorduras, carboidratos e minerais.
Devido ao processo mínimo de filtragem, conservam-se mais frações benéficas da proteína do soro. É recomendada para quem está em dieta de redução calórica e com foco no ganho de massa muscular. Quanto ao valor, é mais econômica entre as demais.
A proteína Whey isolada concentra 90% de proteína em sua composição, chegando a 100% de pureza. É uma das mais puras. Esse Whey, normalmente, é utilizado não só por atletas, mas também por pessoas que são intolerantes à lactose e precisam de um aporte proteico maior, por pessoas que estão em recuperação de cirurgias bariátricas ou que irão fazê-la, entre outras.
Hoje, existem várias maneiras de se obter o Whey isolado, com diversos tipos de filtragens, desde as mais simples até as mais tecnológicas, proporcionando uma qualidade excepcional aos produtos. Com a proteína isolada, eliminam-se o colesterol, as gorduras, a lactose e os hidratos de carbono, aumentando-se, assim, o nível de proteína.
Portanto, é considerada uma proteína completa, afinal, possui todos os aminoácidos necessários para uma dieta, é isenta de carboidratos e auxilia na definição e na construção muscular.
Tanto as proteínas concentradas quando as isoladas podem ser hidrolisadas. Normalmente, essa forma de Whey Protein, além de passar por filtragens, possui suas proteínas parcialmente ou completamente hidrolisadas, resultando em tri ou dipeptídeos ou aminoácidos livres. Isso faz com que sua absorção aconteça mais rapidamente, visto que os processos de digestão (hidrólise) já foram feitos. Em alguns casos, ainda são adicionadas enzimas proteolíticas para auxiliarem na quebra de peptídeos restantes. O processo de hidrólise consiste na quebra das moléculas de proteínas em peptídeos menores por processos químicos ou enzimáticos, o que torna a absorção pelo organismo mais fácil e completa.
Conhecer os tipos de Whey Protein é fundamental para definir seus métodos de utilização e obter o melhor resultado de cada suplemento.
Texto: Dr Lucas Penchel e Stefani Rocha – Estagiaria de Nutrição PUC MINAS
A menopausa é caracterizada por um processo natural que sinaliza o fim do período fértil, no qual os ovários param de funcionar.
Com isso, os hormônios estrógeno e progesterona deixam de ser produzidos, o que acarreta o aumento da deposição de gordura no organismo, contribuindo para o acúmulo de gordura abdominal e o ganho de peso; a redução da captação e da absorção de cálcio, favorecendo a osteoporose, e também a diminuição da massa magra e do colágeno, o que reflete na elasticidade da pele e dos vasos sanguíneos.
Os sintomas já podem ser percebidos na fase pré-menopausa, que antecede a menopausa entre dois e quatro anos. Sabendo disso, as mulheres precisam ficar atentas e se preparar, adotando uma alimentação equilibrada, que pode auxiliar no combate dos efeitos desse período.
Portanto, quem está nessa fase deve consumir alimentos fontes de vitamina E (sementes oleaginosas), que ajuda a diminuir as ondas de calor; vitamina B6 (cereais integrais, ovos e grãos), que promove bem-estar; vitamina C (frutas cítricas), necessária para a síntese de hormônios ovarianos; ácido fólico (vegetais verde-escuros); magnésio (cereais integrais, grãos, beterraba e sementes oleaginosas), que age no bom humor e no relaxamento muscular; cálcio (vegetais verdes, leite e derivados), essencial para garantir a massa óssea e a contração muscular; selênio (castanha-do-pará), antioxidade e responsável por fortalecer as funções cerebrais; proteínas de alto valor biológico (ovos, aves e carnes bovinas), que evitam o enfraquecimento e a diminuição dos músculos; zinco (frutos do mar e peixes), que realiza a síntese de hormônios e otimiza as funções estrogênicas; ômega 3 (linhaça e peixes de água fria), agente responsável por melhorar as funções cerebrais e os impulsos nervosos, além de regular a ação insulínica.
Essas são algumas sugestões que as mulheres que estão na fase da menopausa podem incluir em seu cardápio. É importante ressaltar que elas devem, sobretudo, aumentar o consumo de antioxidantes e diminuir o de sal.
Texto: Dr Lucas Penchel e Marcela Fernandes – Estagiaria de Nutrição UFMG
Estudo publicado, recentemente, no periódico científico “Psychology Journal of Health” mostra que pessoas com mais facilidade para perdoar a si mesmas e aos outros estão mais protegidas dos males do estresse.
De acordo com informações da revista americana “Time”, pesquisadores da Luther College e da Universidade da Califórnia, ambas nos Estados Unidos, pediram que 148 jovens adultos preenchessem questionários que avaliariam os níveis de estresse durante a vida, a tendência para perdoar e suas saúdes física e mental.
Os estudiosos identificaram que, apesar do estresse pelo qual passaram, entre os indulgentes os problemas físicos e mentais decorrentes da vida estressante desapareciam. Exatamente. Desapareciam. “O ato de perdoar funciona como uma espécie de amortecedor contra o estresse. Se você não tem tendência para perdoar, sente os efeitos brutos do estresse de forma absoluta”, disse Loren Toussaint, professor de psicologia na Luther College e principal autor do estudo.
Embora não possam afirmar categoricamente de que forma a indulgência protege a saúde contra os males do estresse, os pesquisadores acreditam que pessoas mais tolerantes tenham mais habilidade para lidar com as adversidades da vida ou ainda podem ter uma reação mais suave em situações estressantes.
Toussaint acredita que todas as pessoas podem aprender a perdoar. Segundo ele, a prática é comumente trabalhada em sessões de terapia. “O perdão elimina a conexão entre estresse e doença mental. Eu acho que a maioria das pessoas quer se sentir bem, e o perdão lhes oferece essa oportunidade”, conclui.
Texto: Dr Lucas Penchel e Stefani Rocha – Estagiaria de Nutrição PUC MINAS
A dieta atlântica é boa para emagrecer, mas é especialmente indicada para prevenir e tratar doenças cardiovasculares porque é rica em gorduras saudáveis e em antioxidantes.
Ela é baseada no cardápio tradicional português e, por isso, também é chamada de dieta atlântica de Portugal.
Bem parecida com a dieta mediterrânea, só difere dela em relação à flexibilidade, fator mais nítido no cardápio dos nossos colonizadores. Além dos peixes, dos vegetais frescos e do azeite, consumidos em boa quantidade no programa alimentar dos países vizinhos, os adeptos da dieta atlântica comem mariscos, pães e massas integrais, laticínios e carnes vermelhas em quantidade moderada. Por outro lado, evitam-se frituras, doces e alimentos industrializados.
Se cumprida sem exageros, essa dieta ajuda no emagrecimento e, melhor ainda, pode ser uma aliada no combate a doenças do coração. Pesquisa realizada na Universidade do Porto e divulgada em 2012 indicou que quem segue essa dieta tem 33% menos risco de ter um enfarte.
Texto: Dr Lucas Penchel e Stefani Rocha – Estagiaria de Nutrição PUC MINAS
Não é por acaso que estudiosos relacionam a longevidade à utilização do azeite de oliva.
Muitas pesquisas e investigações já comprovaram seus efeitos na prevenção do câncer do fígado e na proteção contra uma série de doenças degenerativas, entre elas as cardíacas.
Hoje em dia, o consumo do azei07te está associado a baixos níveis de colesterol ruim (LDL). Além disso, o óleo é rico em antioxidantes, como os polifenóis, capazes de combater os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento das células. O produto contribui ainda para a prevenção de diabetes, de atrite reumatoide, de derrame cerebral (AVC) e dos cânceres de cólon e mama.
Outros benefícios proporcionados pelo azeite de oliva são a melhora do sistema digestivo, os efeitos tônico e protetor sobre a pele, analgésico e anti-inflamatório, favorecendo a absorção de cálcio, entre outros.
Mas como escolher um bom azeite de oliva? Antes de qualquer coisa, é necessário ter paciência e ler o rótulo na hora de adquiri-. E não adianta apenas ler na frente. Vire o frasco e obtenha as informações contidas atrás. Saiba aqui quais delas devem ser consideradas no momento da escolha do produto:
– Ano de colheita: diferentemente do que ocorre com um bom vinho, o azeite não melhora com o tempo. Se o ano da colheita não estiver informado no rótulo, tente comprar o produto com a data de expiração mais distante.
– Engarrafamento: prefira o azeite produzido e engarrafado em seu país de origem. Um produto que é feito em um local e enviado para outro para ser engarrafado sofre com o processo de oxidação.
– Acidez: segundo a legislação da União Europeia, o azeite de oliva extravirgem tem de apresentar uma acidez livre, expressa em ácido oleico, de 0,8g por 100g. Portanto, quanto menor for a acidez, melhor será o azeite.
– 100% de azeitonas: o bom azeite deve ser fabricado com 100% de azeitonas, ou seja, sem soja, sem girassol etc.
– Garrafa de vidro e escuro: a luz prejudica as qualidades do azeite. Por isso, opte sempre pelo vidro de azeite que estiver no fundo da prateleira (longe da luz). Além disso, nunca adquira os produtos que vêm em garrafas de plástico ou de metal.
– Procedência: existem diferentes tipos de azeitonas, e a cor delas não diz muito sobre sua qualidade. A cada ano, a natureza pode apresentar uma realidade diferente, e a maturação da fruta na colheita também influencia. Por exemplo, um azeite turvo pode sugerir menos filtragem. Assim, o ideal é você provar o azeite antes de comprá-lo para que possa sentir seus sabor e aroma.
– Armazenamento: para guardar um azeite de qualidade boa, você deve atentar para três fatores que podem degradá-lo: ar, luz e temperatura. Mantenha sempre o produto bem fechado e distante do calor (por exemplo, o fogão) e da luz. Fazendo isso, o azeite ficará conservado por até três meses após ser aberto. Se for guardado em um lugar onde permaneça em temperatura constante, em torno de 18C (uma adega, por exemplo), poderá durar ainda mais tempo.
– Selos de qualidade: alguns países fornecem selos de qualidade, como o DOP (Denominazione d’Origine Protetta) e o selo usado nos óleos europeus e da organização norte-americana chamada California Olive Oil Council , para ajudar na escolha da procedência. Uma certificação orgânica também pode contribuir.
Fonte: revista “Essentia Pharma” (edição 7) – http://essentia.com.br/revista/
Na semana passada, a Clínica Penchel esteve presente na Track & Field – Run Series, em Belo Horizonte (MG). O evento, que teve início em 2004, é uma experiência única para quem busca qualidade de vida por meio da prática esportiva. E essa edição foi especial, atraindo milhares de atletas pelas ruas da cidade.
A Clínica Penchel marcou presença com um estande oferecendo dicas de saúde, aferição de pressão, avaliações de estética, além de alimentos saudáveis dos parceiros Angel Fit, Food Fitness K e CupFit, bem como brindes e vouchers.
Durante o evento, várias pessoas comentaram as receitas LowCarb que a clínica disponibiliza para os pacientes e que ajudam muitas pessoas a manterem a dieta de uma forma mais saborosa.
Sabia que temos um e-book com as melhores? Quer ver esse e-book?
Nós o disponibilizamos por tempo limitado neste link! Acompanhe. Abaixo, veja algumas fotos do evento.
O nome científico da alcaparra é Capparis spinosa, uma planta em forma de arbusto originária da região mediterrânica.
A planta nasce e se desenvolve melhor em encostas ensolaradas, sendo espontânea onde existem muito calor e sol. Tem preferência por ambientes áridos, em solo calcário, e pode ser cultivada em terreno pedregoso e pouco profundo.
A parte utilizada do alimento é o botão da flor, sendo ele muitas vezes consumido em vinagretes, em molhos e em pratos com peixe ou carne de sabor mais suave. Já na Grécia antiga, foi utilizada como um calmante. Ao contrário de muitos outros temperos, mesmo depois do cozimento, a alcaparra mantém o sabor e o aroma.
Os princípios ativos da alcaparra são o ácido cáprico, os flavonoides, o glicoparósido e o óleo essencial. Por conta de suas propriedades medicinais, a planta atua como adstringente, afrodisíaco, antiespasmódico, aperiente, calmante, diurético, estimulante do estômago, tônico e vermífugo. Possui vitaminas A, B, B1, B2, B3 e C, sendo este último um poderoso combatente dos radicais livres. A alcaparra é também indicada para casos de nevralgias, sobretudo a ciática. Além disso, ela aumenta a diurese, melhora o funcionamento do fígado, abre o apetite e combate a flatulência.
O tempero conta ainda com um baixo valor de calorias e gorduras. Por isso, pode ser usado no preparo de alimentos de quem está em dieta. A alcaparra contém sódio, cálcio, ferro, magnésio, vitaminas e outros nutrientes. Sua grande quantidade de flavonoides antioxidantes faz com que ela proteja algumas células, fazendo bem para o colesterol e para o antienvelhecimento.
Contudo, um cuidado deve ser tomado devido ao seu alto valor de sódio por ser a planta processada em salmoura. Por isso, aqueles que sofrem de hipertensão devem evitar o consumo, e mesmo quem não sofre deve consumir a alcaparra com moderação.
Texto: Dr Lucas Penchel e Stefani Rocha – Estagiaria de Nutrição PUC MINAS
Por muito tempo, os adoçantes artificiais substituíram o açúcar de modo perfeito, prometendo caloria zero e sabor doce.
Mas, recentemente, pesquisas envolvendo esses produtos estão relacionando o uso deles com o aumento do peso corporal. Afinal, os adoçantes engordam mesmo apresentando valores calóricos mínimos ou até zero? E será que fazem mal à saúde?
A fisiologia cerebral
O cérebro controla a sensação de saciedade por meio de uma cascata de estímulos específicos, a qual tem início nas papilas gustativas da língua, que transmitem informações através dos nervos cranianos para várias regiões cerebrais, até chegarem ao córtex gustativo primário. A partir daí, projeções são enviadas para setores ligados à principal via de recompensa cerebral, que liberam a dopamina, um neurotransmissor associado à sensação de prazer. Esse sistema de recompensa alimentar tem um papel crítico na regulação do comportamento alimentar e no controle da quantidade de calorias absorvidas pelo organismo.
Cada vez mais, cresce o número de evidências sugerindo que os adoçantes artificiais não ativam os mecanismos de recompensa alimentar da mesma maneira que o açúcar. A ressonância magnética em homens com peso normal mostrou que a ingestão de glicose resulta numa depressão prolongada de sinal no hipotálamo, isto é, na queda do estímulo no centro da fome e da saciedade, o que não foi identificado com o adoçante artificial sucralose. Isso quer dizer que uma resposta hipotalâmica cerebral de saciedade requer tanto sabor doce quanto conteúdo de energia. Assim, alguns trabalhos têm indicado o aumento do apetite com o uso de alguns adoçantes artificiais, sugerindo que a ingestão calórica total não seria alterada com a utilização desses produtos.
Estudo brasileiro preliminar feito com os edulcorantes sacarina e aspartame teve resultados de ingestão calórica semelhantes entre os ratos alimentados com adoçantes e os alimentados com açúcar. O primeiro grupo apresentou maior ganho de peso. Os pesquisadores explicaram que isso ocorreu porque os adoçantes artificiais poderiam induzir um menor dispêndio de energia ou um aumento da retenção de líquidos. O estudo foi publicado na edição de janeiro de 2013 da revista científica internacional “Appetite”, da rede Elsevier.
Pode-se comer mais um produto sem caloria?
Será que a substituição de um refrigerante comum por um diet libera a pessoa para comer depois uma fatia de bolo de chocolate? Não. Essa percepção equivocada é chamada pelos psicólogos de distorção cognitiva, que pode ser facilitada pela ingestão de adoçantes artificiais. Swithers, autor do estudo “High-intensity sweeteners and energy balance”, publicado em 2010 na revista “Physiology & Behavior”, afirma que tanto a psicologia quanto a fisiologia do indivíduo que utiliza os adoçantes podem ser atingidos por eles.
Trocar a sacarose por adoçantes dietéticos poderia não afetar o controle do apetite, uma vez que esse comportamento se relaciona a uma compensação alimentar devido à influência nos níveis de saciedade. O aspartame, por exemplo, pode inibir o apetite, efeito que mostra que nem todos os adoçantes apresentam a sensação de exacerbação por conta da liberação de um metabólito. Por outro lado, a ingestão do mesmo adoçante pode diminuir o prazer provocado pelo sabor adocicado, o que aumenta o desejo por doces e carboidratos, intensificando o apetite e, consequentemente, a absorção de energia e o possível ganho de peso.
Fonte: revista “Essentia Pharma” (edição 9) – http://essenti
Fumar pode alterar o equilíbrio das bactérias que ficam em nossa boca, o que aumenta o risco do surgimento de doenças no sistema digestivo, no pulmão e na própria boca.
Mas, de acordo com o estudo que revelou isso, uma variedade adequada dessas bactérias é restaurada assim que o indivíduo para de fumar.
Nesse estudo, foram analisadas em torno de 600 espécies de bactérias na boca (microbioma oral) de mais de 1.200 americanos, que tinham 50 anos ou mais. O grupo incluía fumantes, ex-fumantes e pessoas que nunca fumaram.
O primeiro grupo apresentou significativo aumento do crescimento de mais de 150 espécies de bactérias, enquanto que outras 70 tiveram quedas acentuadas. As espécies de proteobactérias, por exemplo, estavam presentes em menos de 5% entre as totais nas bocas de fumantes comparando com cerca de 12% em não fumantes. Segundo os estudiosos à frente dessa pesquisa, as proteobactérias ajudam a quebrar substâncias químicas tóxicas introduzidas pelo tabagismo. Em relação aos não fumantes, quem fumava tinha 10% mais espécies de Streptococcus, as quais provocam a cárie dentária.
Uma boa notícia dada pelos pesquisadores é que as bactérias orais parecem voltar ao normal depois que a pessoa deixa de fumar, mas não se sabe em quanto tempo. Isso foi percebido porque quem não fumava há mais de dez anos apresentou o mesmo equilíbrio de espécies bacterianas que os não fumantes.
“Nosso estudo é o primeiro a sugerir que o tabagismo exerce um impacto profundo sobre o microbioma oral”, declarou o professor associado da NYU Langone Medical Center, em Nova York, o pesquisador sênior e epidemiologista Jiyoung Ahn. “Outros experimentos serão necessários, no entanto, para provar que essas mudanças enfraquecem as defesas do organismo contra substâncias cancerígenas da fumaça do tabaco ou desencadeiam outras doenças na boca, nos pulmões ou nos intestinos”, afirmou.
Outro estudo, publicado recentemente no “Isme Journal”
(International Society for Microbial Ecology), associou os desequilíbrios de espécies de bactérias do sistema digestivo com doenças imunológicas, como a de Crohn, bem como com alguns cânceres gastrointestinais. Mais de três quartos dos cânceres orais estão ligados ao tabagismo, mas não se pode afirmar que as alterações do microbioma oral contribuem com isso.