Estudos mostram benefícios no sistema imune com o consumo de 15g diárias de Whey Protein pelo fato de esse produto conter excelente concentração de cisteína, que tem papel fundamental na formação da enzima glutationa peroxidase, responsável pela defesa de antioxidantes.
Além disso, estudos apresentam aumento na translocação do Glut-4, mecanismo de ação para pacientes com resistência insulínica ou diabetes tipo 2.
Sempre que falamos de ingestão proteica ou de suplementação de proteínas, pensamos em saúde renal. É fundamental um nutricionista calcular a necessidade diária de proteína do indivíduo para não causar excesso na produção da ureia (subproduto da ingestão de aminoácidos), que é eliminada pelos rins, prevenindo um bom funcionamento renal.
A proteína Whey concentrada, entre os três tipos, pode ser considerada a mais simples, “integral” e com menor processamento. Isso se deve ao fato de ela passar por poucos estágios de filtragem, o que lhe garante uma qualidade boa (a qual irá variar de acordo com a matéria-prima, os tipos de equipamentos usados, suas condições etc.), mas não tão pura como nos outros dois casos e também não previamente hidrolisada (ou seja, com a disponibilização de aminoácidos em sua forma livre ou em di/tripeptídeos). Normalmente, a quantidade de proteína em um Whey Protein concentrado varia de 70% a 80%. Por sofrer menor processamento, ela contém lactose, gorduras, carboidratos e minerais.
Devido ao processo mínimo de filtragem, conservam-se mais frações benéficas da proteína do soro. É recomendada para quem está em dieta de redução calórica e com foco no ganho de massa muscular. Quanto ao valor, é mais econômica entre as demais.
A proteína Whey isolada concentra 90% de proteína em sua composição, chegando a 100% de pureza. É uma das mais puras. Esse Whey, normalmente, é utilizado não só por atletas, mas também por pessoas que são intolerantes à lactose e precisam de um aporte proteico maior, por pessoas que estão em recuperação de cirurgias bariátricas ou que irão fazê-la, entre outras.
Hoje, existem várias maneiras de se obter o Whey isolado, com diversos tipos de filtragens, desde as mais simples até as mais tecnológicas, proporcionando uma qualidade excepcional aos produtos. Com a proteína isolada, eliminam-se o colesterol, as gorduras, a lactose e os hidratos de carbono, aumentando-se, assim, o nível de proteína.
Portanto, é considerada uma proteína completa, afinal, possui todos os aminoácidos necessários para uma dieta, é isenta de carboidratos e auxilia na definição e na construção muscular.
Tanto as proteínas concentradas quando as isoladas podem ser hidrolisadas. Normalmente, essa forma de Whey Protein, além de passar por filtragens, possui suas proteínas parcialmente ou completamente hidrolisadas, resultando em tri ou dipeptídeos ou aminoácidos livres. Isso faz com que sua absorção aconteça mais rapidamente, visto que os processos de digestão (hidrólise) já foram feitos. Em alguns casos, ainda são adicionadas enzimas proteolíticas para auxiliarem na quebra de peptídeos restantes. O processo de hidrólise consiste na quebra das moléculas de proteínas em peptídeos menores por processos químicos ou enzimáticos, o que torna a absorção pelo organismo mais fácil e completa.
Conhecer os tipos de Whey Protein é fundamental para definir seus métodos de utilização e obter o melhor resultado de cada suplemento.
Texto: Dr Lucas Penchel e Stefani Rocha – Estagiaria de Nutrição PUC MINAS