A resposta é “sim”. Estudos vêm mostrando que, na massa cinzenta do sistema nervoso, o que controla a dor, as emoções e o apetite é um hormônio denominado “serotonina”.
Recentemente, descobriu-se que cerca de 95% dessa substância é produzida no intestino, através do triptofano, que é o principal aminoácido essencial. Inicialmente, a serotonina circula nos neurônios intestinais, ajudando a controlar os movimentos e a sensibilidade, e, posteriormente, por meio das células nervosas da medula espinhal, é conduzida para o cérebro.
A acetilcolina é outra substância que segue a trilha da serotonina. Por esse simples fato, justifica-se a importância da regularidade do sistema digestivo, principalmente no que se refere à função intestinal. Problemas como prisão de ventre e síndrome do intestino irritável podem ser causados pela deficiência da acetilcolina, que é um neurotransmissor responsável pela comunicação dos dois sistemas.
Resumindo, verifica-se que a harmonia do processo digestivo vai contra a degradação cerebral.
Texto: Dr. Lucas Penchel e Stefani Rocha (Nutrição – PUC MINAS)
Referência: informativo “QuantumBio” (edição #13 – março de 2016)
Em 2013, foi publicada extensa revisão a respeito do tema na revista “Annals of Internal Medicine”.
Os autores desconsideraram os trabalhos em que apenas uma vitamina ou um mineral foram estudados e buscaram na literatura médica somente aqueles em que se pesquisou o uso de um multivitamínico. Dois trabalhos atenderam a esse nível de exigência.
O primeiro deles acompanhou 12.741 franceses saudáveis por uma média de 7,5 anos. Ele foi chamado de “Estudo Su.Vi.Max: estudo placebo controlado e randomizado dos efeitos dos antioxidantes e minerais na saúde”. Os participantes foram divididos em dois grupos, sendo que o primeiro recebeu diariamente um multivitamínico com três vitaminas antioxidantes e dois minerais, e o segundo, uma cápsula de placebo. Os principais resultados obtidos foram:
– Redução de 37% da mortalidade geral em homens;
– Redução de 31% da incidência de câncer em homens;
– Redução de 23% da mortalidade geral em homens e em mulheres.
Diante desses números, é possível imaginar que, se as pessoas passarem a tomar uma pílula diária de vitaminas, a mortalidade geral e de câncer em homens reduzirá entre 30% e 40%.
O segundo estudo foi feito apenas com homens: acompanharam-se 14.641 médicos americanos com mais de 50 anos por uma média de 11,2 anos, sendo que 1.312 homens já tinham tido câncer antes de iniciarem o estudo (“Estudo Randomizado Controlado da Saúde dos Médicos II”). Para um grupo foi dado um multivitamínico comercial de baixas dosagens, e, para outro, placebo. Os principais achados desse estudo foram:
– Redução da incidência de câncer de 27% em quem já havia tido a doença;
– Redução da incidência de câncer de 12% se retirado o câncer de próstata;
– Redução da mortalidade de câncer de 12%.
Explicam-se menores resultados nesse estudo em comparação com o anterior pela menor dose de vitaminas administrada.
Também em 2013, foi publicado um grande trabalho do Projeto de Pesquisa Agrupada Pós-Câncer de Mama (After Breast Cancer Pooling Project), que fez uma metanálise de quatro estudos realizados somente com mulheres já tratadas de câncer de mama, as quais receberam um multivitamínico. Os principais resultados alcançados foram:
– O uso de antioxidantes associado a multivitamínicos reduziu a mortalidade geral em 21%;
– O uso de um multivitamínico diminuiu a mortalidade geral em 16%.
Os dados levam à conclusão de que os multivitamínicos têm um efeito preventivo comprovado tanto em mulheres quanto em homens, reduzindo a incidência total de câncer ou a recidiva em quem já teve a doença, diminuindo, assim, a mortalidade geral.
Fonte: revista “Essential Nutrition”
Com base em numerosos estudos, ensaios clínicos e pesquisa básica, uma vez que vinculam a deficiência de vitamina D à fraqueza muscular e à sarcopenia (perda de massa e de força muscular), pesquisadores revisaram as evidências das ações de vitamina D no músculo.
Segundo eles, ensaios clínicos aleatórios predominantemente corroboram um efeito da suplementação de vitamina D na prevenção de quedas em pacientes idosos ou institucionalizados.
Além disso, estudos têm examinado o efeito da vitamina D no desempenho atlético, tanto pela radiação ultravioleta, como, diretamente, pela suplementação da vitamina, pois os efeitos da vitamina D, na função metabólica muscular, especificamente a sensibilidade à insulina agindo diretamente no estímulo do receptor de insulina, melhorando, assim, a resposta insulínica nas células musculares, mantendo a geração de energia e força muscular.
Texto: Dr. Lucas Penchel e Stefani Rocha (curso de nutrição da PUC Minas)
O comprimido automedicado pode resolver o incomodo de imediato, mas há um perigo se a automedicação vira rotina e a pessoa não consegue viver sem os medicamentos com qualquer indisposição.
Publicado pela revista Superinteressante da Editora Abril, o livro “Tarja Preta – Os segredos que os médicos não contam sobre os remédios que você toma” aborda os perigos da automedicação.
• Tylenol:
Podem sobrecarregar o fígado com altas doses por dia causando lesões irreversíveis e até mesmo falência dos órgãos, em alguns casos. A superdosagem pode acontecer pois outros medicamentos também possuem o mesmo principio ativo.
• Neosaldina:
Os efeitos colaterais da dipirona agem na diminuição da quantidade de células do sangue (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas) além do choque anafilático (reação alérgica grave) e diminui a capacidade do corpo liberar endorfina.
• Dorflex
Além dos efeitos colaterais já citados da dipirona, a superdosagem da orfenadrina é tóxica e pode levar a morte. Alguns efeitos em doses altas são: boca seca, alterações nos batimentos cardíacos, tremor, agitação, delírio e coma.
• Aspirina
A quantidade suficiente para causar choque cardiovascular e insuficiência respiratória são 8 comprimidos de Aspirina (altas doses aumentam o risco de excesso de acidez no sangue e a baixa de glicose). Em diabeticos, a automedicação da Aspirina pode causar hipoglicemia. Combinado com outro anti-inflamatório ou álcool, o uso aumenta as chances de úlcera e sangramentos estomacais e intestinais.
• Salompas
Medicamentos aplicados na pele são mais raros pois o organismo absorver o remédio é um pouco mais difícil. No caso das Salompas, o risco exige se o paciente já faz o uso de algum anticoagulante, medicação para diabetes e se é alérgico a algum principio ativo da Aspirina ou se possui sangramentos gastrointestinais ou problema no fígado ou rins.
• Eno
2 envelopes do medicamento “Eno” possuem 1,7g de sódio (quase a recomendação máxima diária do consumo de sódio para cada indivíduo adulto, que é 2 gramas). Este tipo de medicamento pode ser um problema principalmente para quem possui pressão alta ou problemas cardíacos. O uso indiscriminado pode alterar o pH estomacal e, sobrecarregar os rins e pulmões. O excesso de antiácidos pode reduzir a absorção de nutrientes e diminuir as defesas naturais do suco gástrico, aumentando assim os ricos de contaminação de alimentos.
• Omeprazol
O Omeprazol age na diminuição do suco gástrico e seu uso contínuo pode causar efeito-rebote gerando o excesso de produção de gastrina. Assim como os antiácidos, o uso automedicado frequentemente pode aumentar o risco de infecções e dificultar o organismo a absorver nutrientes. O uso pode provocar a diminuição dos níveis de magnésio podendo causar problemas cardíacos.
• Neosoro
O principio ativo nafazolina pode induir a tolerância, efeito-rebote e até dependência psicológica. O uso frequente faz com que o corpo acostume com a medicação e exija uma quantidade maior do produto. O Neosoro pode aumentar a pressão sanguínea e trazer problemas cardíacos além de uma rinite medicamentosa.
• Torsilax
Os anti-inflamatórios de um modo geral podem atacam as mucosas do sistema digestório, causando náuseas, vômito, diarreia, cólicas abdominais, sangramento gastrointestinal e úlceras.
• Amoxil
A automedicação de antibióticos pode levar a proliferação de bactérias resistentes chamadas de superbactérias causando dependências ou até mesmo resistência ao medicamento.
Texto por: Dr. Lucas Penchel e Marcela Fernandes (Nutriçao UFMG)
Referências: “Tarja Preta – Os segredos que os médicos não contam sobre os remédios que você toma” Marcia Kedouk, Editora Abril.
Além de exterminar larvas de mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, planta ajudará a não contaminar a água ou o solo com produtos químicos.
Um dos projetos selecionados na Chamada Pública para apoiar projetos de pesquisa no combate ao vírus zika e no enfrentamento ao Aedes aegypti traz como estratégia o combate às larvas do mosquito através da ação fotodinâmica. A técnica foi criada por um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal de São Carlos. “As larvas vão comer um pozinho que é colocado na água e elas vão morrer, como se fossem queimadas, quando entrarem em contato com a luz”, explica um dos coordenadores do estudo, Vanderlei Salvador Bagnato.
Com mais de dois anos de estudos e trabalhos publicados, o objetivo do grupo, além de exterminar as larvas, era desenvolver uma tecnologia que não contaminasse a água ou o solo com produtos químicos. Por isso, foi utilizado nos experimentos uma substância que facilmente pode ser encontrada na flora brasileira.
“O princípio desse estudo é fazer a larva ingerir uma substância que quando ativada pela luz possa produzir uma ação tóxica que a mate. Então da raiz da curcumina (açafrão) nós extraímos uma molécula e a transformamos em pó”, detalha Vanderlei.
O pó pode ser jogado durante a noite, para que quando a luz do sol aparecer, as larvas já o tenham comido e assim sejam exterminadas. O efeito da substância pode ser ativado tanto pela luz solar, como pela artificial. A água, nesses ambientes, não terá as características modificadas, já que a própria luz também faz com que a substância, derramada em pó, desapareça por foto degradação.
Blog da Saúde: http://www.blog.saude.gov.br/…/51957-raiz-de-acafrao-pode-s…
Texto: Dr. Lucas Penchel e Stefani Rocha (Nutrição – PUC)
A primeira pesquisa que descobriu na chia um poder antioxidante, capaz de prevenir o envelhecimento precoce das células, foi publicada pelo Departamento de Alimentos e Nutrição da Unicamp, em Campinas.
Por meio do estudo, pesquisadores concluíram que, além de possuírem propriedades nutritivas, a semente ou óleo da chia podem ajudar na prevenção de vários tipos de doenças, como o câncer, o diabetes e o Alzheimer.
Através do estudo, que teve a duração de quatro anos, os cientistas verificaram que, com o consumo tanto da semente quanto do óleo da chia, houve um efeito anti-inflamatório que reduziu os níveis de colesterol de 30% a 40% e aumentou a concentração de ômega 3 (gordura benéfica para o organismo).
De acordo com o professor Mário Maróstica, do Departamento de Alimentos e Nutrição, a pesquisa revelou também que, além de reduzir a quantidade de açúcar no sangue, a chia previne doenças cardiovasculares e diabetes dos tipos 1 e 2.
Os especialistas recomendam que, para se garantirem todos esses benefícios, é necessário ingerir duas colheres de sopa de chia nas refeições diárias ou usar o óleo no tempero da comida.
Texto: Dr. Lucas Penchel e Marcela Fernandes (curso de nutrição da UFMG)
Referências:
Tese: “Avaliação do potencial da semente e do óleo de chia (salvia hispanica l.) na prevenção e no tratamento da obesidade e de comorbidades induzidas por dieta hiperlipídica e hiperglicídica in vivo”
Autora: Rafaela da Silva Marineli Campos
Orientador: Mário Roberto Maróstica Junior
Unidade: Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA)
Antes de se descreverem os aspectos mais relevantes sobre a grávida que quer praticar exercício, é importante esclarecer o significado das expressões “atividade física”, “exercício” e “esporte”, bem como a diferença existente entre elas.
Atividade física é qualquer movimento corporal que se consegue realizar em função de contração muscular e com um gasto energético acima do basal, que é a quantidade mínima de energia (calorias) necessária para manter as funções vitais do organismo em repouso.
Exercício é um tipo de atividade física mais estruturada, que envolve intensidade, frequência, duração, tendo como objetivo a melhora da aptidão física e, por conseguinte, da saúde. Assim, quando a mulher caminha até o mercado ou a qualquer lugar, com um determinado número de passadas por minuto, para percorrer a referida distância em certo intervalo de tempo, ela está fazendo exercício.
Esporte é uma espécie de atividade física que contempla conceitos de desempenho e competição. Assim, quando a mulher quer percorrer aquela distância até o mercado mais rapidamente do que qualquer outra pessoa, praticando esporte.
É relevante destacar que diversos órgãos internacionais, como a Organização Mundial de Saúde, o Centers for Disease Control, o American College of Sports Medicine (24), a American Heart Association e até mesmo o programa Agita São Paulo recomendam que “todo cidadão deve fazer pelo menos 30 minutos de atividade física diariamente, de intensidade moderada, de forma contínua ou acumulada”.
Considerando-se isso, pode-se ressaltar que:
1) As grávidas deveriam acumular pelo menos 30 minutos de atividade física ao dia, o que significa que aquelas que querem, podem ou estão acostumadas a fazer mais tempo estão incluídas na mensagem;
2) As características das atividades mencionadas não exigem roupas ou sapatos especiais, locais incrementados ou monitores a seu redor, o que barateia o custo, mas, principalmente, facilita o acesso, reforçando o caráter de inclusão da mensagem;
3) Se o objetivo é desenvolver mais um estilo de vida do que um acanhado programa de exercícios, deve-se considerar cinco o número de dias na semana ou, se possível, todos;
4) A intensidade sugerida é a moderada, mas, com a progressão da gestação ou nos casos de dúvida, deve-se passar a praticar atividades leves;
5) Se a mulher tem condições físicas e tempo para realizar as atividades de forma continuada, ótimo. Do contrário ou no caso de grávidas sedentárias ou nas fases mais tardias da gestação, é bom lembrar o novo conceito: pode-se “acumular” saúde em sessões de pelo menos dez minutos de duração! Ou seja, tanto faz a grávida caminhar os 30 minutos de uma só vez ou acumular três sessões de dez minutos cada.
A partir das pesquisas relacionando gravidez e atividade física, podem-se citar os principais benefícios biológicos, psicológicos e sociais do exercício durante a gravidez:
– Menor ganho de peso e adiposidade materna;
– Diminuição do risco de diabetes;
– Diminuição de complicações obstétricas;
– Ausência de diferenças significativas em idade gestacional, duração do parto, peso no nascimento, tipo de parto, valores de APGAR (avaliação de cinco sinais objetivos do recém-nascido) e complicações maternas e fetais.
– Diminuição do risco de parto prematuro;
– Redução da duração da fase ativa do parto;
– Diminuição de hospitalização;
– Melhora da autoimagem;
– Redução da incidência de cesárea;
– Aumento dos valores de APGAR;
– Melhora da autoestima;
– Melhora da sensação de bem-estar;
– Diminuição da sensação de isolamento social;
– Redução da ansiedade e do estresse;
– Melhora da capacidade física;
– Diminuição do risco de depressão.
As atividades indicadas pelos especialistas são:
1. Musculação
Apesar de parecer incompatível com a gestação, a musculação pode, sim, ser adotada na gravidez, especialmente se a mulher já praticava a modalidade. Mas a atividade não é liberada por todos os médicos, e é preciso consultar o ginecologista.
“Se bem-orientada, a musculação é uma atividade muito interessante, uma vez que fortalece musculaturas responsáveis pelo controle postural. Mas há sempre a necessidade de realizar ajustes, conforme a individualidade de cada gestante”, informa a educadora física Gizele Monteiro, especialista em exercícios na gravidez e autora do livro “Guia Prático de Exercícios para Gestantes: com Base no Método Mais Vida” (Editora Phorte).
2. Pilates
Trata-se de uma das modalidades mais praticadas pelas mulheres grávidas. Não é uma atividade indicada para mulheres sedentárias antes de engravidar ou que nunca a fizeram antes.
3. Hidroginástica
Esta ainda é a atividade mais indicada pelos médicos. Seus benefícios para as gestantes, principalmente no último trimestre, são diversos, pois é nessa fase que muitas sofrem com o inchaço nas pernas. No entanto, há de se tomar cuidado com o local escolhido para a prática, pois as aulas devem ser específicas para grávidas.
“A hidro é um exercício físico com intensidade moderada. Porém, a flutuabilidade da água ajuda a aliviar o peso extra da gestação e a diminuir o impacto. Sua prática também contribui para amenizar as dores do parto, reduzindo, assim, a necessidade de anestesia”, explica a ginecologista Cristine Lima Nogueira.
4. Caminhada
Caminhar em esteira ou ao ar livre é um exercício sem impacto, liberado para gestantes que não faziam exercícios. É uma das modalidades mais recomendadas pelos médicos por ser simples, não exigindo um nível de aptidão elevado. Além disso, o ritmo regular da prática ajuda a manter a forma física sem sobrecarregar os joelhos. O ideal é caminhar pelo menos meia hora por dia.
5. Ioga
A ioga é ótima para deixar a gestante mais flexível, além de tonificar os músculos e melhorar o equilíbrio e a circulação. A modalidade trabalha com técnicas de respiração e relaxamento que podem ser extremamente úteis na hora do parto, além de aliviar o estresse.
6. Alongamento
Para se aumentar a flexibilidade e se relaxarem os músculos já tão sobrecarregados pelas mudanças posturais na gravidez, o alongamento é muito importante para as gestantes. A prática também proporciona maiores agilidade e elasticidade do corpo, ajudando a prevenir lesões.
“O alongamento deve fazer parte de todo programa para gestantes, mas também deve haver o cuidado com o excesso, pois os ligamentos e as articulações nesse período estão mais sensíveis pelos hormônios”, afirma a educadora física Gizele Monteiro.
7. Treinamento funcional
O treinamento funcional é composto por um “combinado” de exercícios com o uso de diversos tipos de equipamento, visando-se proporcionar maior equilíbrio, força, resistência, flexibilidade e coordenação aos praticantes. Já há profissionais no mercado que desenvolvem um programa de treinamento funcional específico e adaptado às gestantes – sem, é claro, a prática de exercícios arriscados e de instabilidade.
Texto: Dr Lucas Penchel e Stefani Rocha (Nutrição – PUC)
Referência: “A Grávida” – Tedesco JJ (editor), São Paulo, ATheneu, pp. 59-81,2000
Quem é antenado em dietas e sempre está por dentro do que anda acontecendo já sabe que a alimentação rica em gordura (manteiga, bacon e ovo à vontade) anda em alta, mas muitos se surpreendem com isso, afinal, certamente, já receberam muitas informações sobre o fato de que a gordura faz mal e causa várias doenças.
A ciência vem com a resposta: a indústria do açúcar pagou cientistas nos anos 1960 para que fizessem todos acreditar que a gordura saturada era a vilã por trás das doenças cardíacas.
Stanton Glantz, pesquisador da Universidade da Califórnia, em São Francisco, estudou, por cinco décadas, documentos sobre a relação entre a nutrição e as doenças cardiovasculares e concluiu que muitas recomendações nutricionais vieram de falsas pesquisas, pagas pela indústria. Os resultados de seu trabalho foram publicados na revista científica “Jama Internal Medicine”.
Os documentos mostram que a indústria do açúcar chamada Sugar Association pagou três cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o equivalente a US$ 50 mil para publicarem em 1967 um estudo sobre gordura, açúcar e doenças do coração. Tanto os cientistas como os executivos do açúcar responsáveis pela pesquisa já faleceram.
Em resposta ao artigo da “Jama”, a Sugar Association justificou, em uma nota, que, em 1967, as revistas médicas não exigiam que os pesquisadores revelassem seus patrocinadores e afirmou que as pesquisas bancadas pela indústria são importantes para o debate científico.
Texto: Dr. Lucas Penchel e Marcela Fernandes (curso de nutrição da UFMG)
Referências: Kearns, Cristin E., Laura A. Schmidt, and Stanton A. Glantz. “Sugar industry and coronary heart disease research: a historical analysis of internal industry documents”. “Jama Internal Medicine” (2016).
Estudos descrevem a importante ação das propriedades da beterraba na melhoria do rendimento no treino, pois ela consegue desencadear a produção de óxido nítrico, gás que aumenta o fluxo sanguíneo nos músculos, fazendo com que os músculos recebam mais nutrientes.
E o gengibre? Como entra nessa história?
O gengibre tem se mostrado um grande aliado no combate às dores advindas de alguns treinos. É o que garante uma pesquisa publicada no jornal “Of Pain”, nos Estados Unidos. A raiz atua como um anti-inflamatório e um analgésico, aliviando as dores indesejadas.
Sugestão de receita: bata no liquidificador uma beterraba média com ½ gengibre + 250 ml de água.
Texto: Dr. Lucas Penchel e Stefani Rocha (curso de nutrição da PUC Minas)
A produção desse hormônio em nosso corpo atinge seu pico depois dos 20 anos de idade e embora o estresse for o fator primordial de declínio, a partir dos 30 anos de idade sendo que a diminuição é mais rápida em mulheres do que em homens.
Todos devem monitorar os níveis de DHEA na corrente sanguínea, pois o mesmo começa a cair a partir dos 21 anos de idade. Fatores como estresse, ganho de peso, má qualidade do sono e alimentação podem influenciar nessa queda.
Além do combate ao envelhecimento está envolvido com o aumento da libido, desejo sexual e melhoria da qualidade de vida.
O DHEA modula o sistema imune restaurando seu equilíbrio com diversos efeitos benéficos (Khorram 1997; Hazeldine 2010). O desequilíbrio hormonal pode alterar a quantidade de glicose e insulina no sangue ocasionando um maior pico de açúcar no sangue; Além de vários outros efeitos desagradáveis que pode acarretar como comprometimento do sistema imunológico, aumentando o risco de infecções, alergias e doenças auto imunes.
Pessoas com transtornos hormonais, diabetes, inflamação, doenças cardíacas, transtornos do sistema imune, osteoporose, depressão, HIV/AIDS e Alzheimer apresentam níveis mais baixos de DHEA. Os de anticoncepcionais orais também ajudam na diminuição dos níveis de DHEA no organismo.
Um dos principais efeitos negativos do desequilibrio hormonal para atletas é que há uma menor taxa de liberação dos hormônios do crescimento durante a noite comprometendo a regeneração física e mental
Os benefícios da suplementação do hormônio são:
• Melhora do nível de energia e vitalidade;
• Melhoria do sistema imune;
• Resistência ao estresse;
• Modulação das funções hormonais (pode reduzir as características da menopausa e andropausa);
• Melhora dos tecidos ósseos;
• Aumento da libido;
• Auxílio na diminuição da massa gorda e aumento de massa magra;
A dosagem certa para cada individuo não causa nenhum efeito colateral. O uso do DHEA não é recomendado para mulheres grávidas, em amamentação ou planejando gravidez.
Khorram O, Vu L, et al. Activation of immune function by dehydroepiandrosterone (DHEA) in age-advanced men. J Gerontol A Biol Sci Med Sci . 1997 Jan;52(1):M1-M7.
Texto por: Dr. Lucas Penchel e Marcela Fernandes (Nutrição UFMG)